Vaticano: Papa desafia Igrejas a «alcançar» as «periferias existenciais»

Francisco enviou mensagem à X Assembleia geral Conselho Mundial de Igrejas

Cidade do Vaticano, 30 out 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco exortou os participantes da X Assembleia geral do Conselho Mundial de Igrejas, que começou hoje na Coreia do Sul, a irem às “periferias existenciais” e a serem solidários com “os irmãos mais vulneráveis”.

“Fiéis ao Evangelho e em resposta às necessidades atuais de urgência, somos chamados a alcançar aqueles que estão nas periferias existenciais da sociedade e a levar uma solidariedade especial aos irmãos e às irmãs mais vulneráveis”, nomeadamente “os pobres, os deficientes, os recém-nascidos e os doentes, os migrantes e os refugiados, os idosos e os jovens sem emprego”, explicou o Papa Francisco na mensagem lida pelo cardeal Kurt Koch, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

A X Assembleia Geral (AG) promovida pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI), a cada sete anos, começa hoje e termina no dia 8 de novembro, na diocese de Busan, na Correia do Sul, e tem como tema ‘”Deus da vida, leva-nos à justiça e à paz’.

Segundo o comunicado divulgado hoje pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos o evento reúne mais de 3000 representantes de 345 igrejas e comunidades eclesiais.

“O mundo globalizado em que vivemos exige um testemunho comum da dignidade dada por Deus a todos os seres humanos e a promoção do desenvolvimento cultural, social e jurídico que permite aos indivíduos e às comunidades crescer em liberdade”, continuou Francisco destacando o empenho da Igreja Católica em continuar a cooperar com o CMI.

O Papa acrescentou que é necessário apoiar “a missão da família como um “pilar” de unidade fundamental da sociedade” que se garanta “a educação para a juventude e a todos o livre exercício da liberdade religiosa”.

Na mensagem Francisco manifestou desejo que a AG contribua “para dar um novo impulso de vitalidade e perspetiva para todos os que estão envolvidos na causa sagrada da unidade cristã”.

O secretário deste dicastério, D. Brian Farrell, é o responsável pela delegação católica constituída por 25 pessoas, que participa na qualidade de observadora.

A Igreja Católica não é membro do CMI mas colabora na sua organização e atividades comuns, através do ‘Grupo Misto de Trabalho’, desde 1965, e procura a “reflexão conjunta sobre questões que ainda dividem os cristãos, em particular, a eclesiologia”, assinala o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

“Uma das principais tarefas da AG é a nomeação do novo Comité Central que será responsável pela execução das atividades do CMI até à realização da próxima Assembleia Geral”, explicam.

A última AG do Conselho Mundial de Igrejas realizou-se em Porto Alegre, no Brasil, em 2006.

CB/LFS

 

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