Vaticano: Papa desafia católicos a ser «homens e mulheres de paz»

Francisco reza pelos responsáveis internacionais, para que saibam «desarmar os conflitos»

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 22 mai 2022 (Ecclesia) – O Papa Francisco desafiou hoje os católicos a ser “homens e mulheres de paz”, convidando a rezar também pelos responsáveis internacionais, após recordar “como é difícil, a todos os níveis, desarmar os conflitos”.

“Aprendamos a dizer todos os dias: ‘Senhor, dá-me a tua paz, dá-me o Espírito Santo’. É uma bela oração”, assinalou, desde a janela do apartamento pontifício, pedindo aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro que a repetissem com ele.

“E peçamos também para aqueles que vivem ao nosso lado, para aqueles que encontramos todos os dias e para os responsáveis das nações”, acrescentou.

A intervenção partiu de duas expressões de Jesus, apresentadas no Evangelho da liturgia de hoje: “Deixo-vos a paz” e “Dou-vos a minha paz” (Jo 14,27).

Segundo o Papa, a atitude de paz, no dia a dia, “vale mais que mil palavras e muitos sermões”.

“Sabemos responder com a não violência, com palavras e gestos suaves?”, questionou.

Francisco apresentou o Espírito Santo como a “força da paz” de Deus.

“É Ele, o Espírito Santo, quem nos lembra que, ao nosso lado, há irmãos e irmãs, não obstáculos e adversários. É Ele, o Espírito Santo, quem nos dá a força para perdoar, recomeçar, voltar a partir”, apontou.

Queridos irmãos e irmãs, nenhum pecado, nenhum fracasso, nenhum rancor deve desencorajar-nos de pedir insistentemente o dom do Espírito Santo, que nos dá a paz. Quanto mais sentirmos que o coração está agitado, quanto mais sentirmos nervosismo, intolerância, raiva dentro de nós, mais devemos pedir ao Senhor o Espírito de paz”.

Após a recitação da oração pascal do ‘Regina Coeli’, o Papa assinalou o início, neste domingo, da Semana ‘Laudato si’”, para “ouvir cada vez mais atentamente o grito da terra”, que deve levar todos a “agir em conjunto para cuidar da casa comum”.

Francisco saudou ainda os participantes de uma manifestação em favor da vida e do direito à “objeção de consciência”.

“Infelizmente, nos últimos anos houve uma mudança da mentalidade comum e hoje somos cada vez mais levados a pensar que a vida é um bem à nossa total disposição, que podemos escolher manipular, fazer nascer ou morrer à nossa vontade, como resultado exclusivo de uma escolha individual”, advertiu.

O Papa afirmou que a vida é “um dom de Deus, é sempre sacra e inviolável”.

“Não podemos fazer calar a voz da consciência”, concluiu.

OC

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Agência ECCLESIA

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