Vaticano: Papa denuncia «martírio» do povo ucraniano e evoca «genocídio» do Holodomor

Francisco pede orações pela paz, após nove meses de guerra

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 23 nov 2022 (Ecclesia) – O Papa denunciou hoje no Vaticano o “martírio” do povo ucraniano, após quase nove meses de guerra, iniciada pela invasão russa, a 24 de fevereiro.

“Rezemos pela paz no mundo e pelo fim de todos os conflitos, com um pensamento particular para o terrível sofrimento do querido e martirizado povo ucraniano. Pensemos na martirizada Ucrânia”, apelou, no final da audiência pública semanal, que decorreu no Vaticano.

Francisco afirmou que, este sábado, acontece o “aniversário do terrível genocídio do Holodomor, o extermínio pela fome de 1932-33, causado artificialmente por Estaline”.

“Rezemos pelas vítimas deste genocídio e pelos muitos ucranianos, crianças, mulheres, idosos, bebés, que hoje sofrem o martírio da agressão”, acrescentou.

A chamada “Grande Fome” ucraniana terá provocado a morte de milhões de pessoas, sendo ligada às políticas de coletivização forçada das propriedades agrárias, promovidas pelo regime comunista soviético.

Em 2008, no 75.º aniversário do Holodomor, o agora Papa emérito Bento XVI deixou votos de que “nunca mais ordenamento político algum possa, em nome de uma ideologia, negar os direitos da pessoa humana, a sua liberdade e dignidade”, garantindo a sua “oração por todas as vítimas inocentes daquela tragédia”.

OC

Francisco lamentou, esta manhã, as mortes provocadas pelo “forte terramoto” na ilha de Java, Indonésia.

“Manifesto a minha proximidade àquela querida população e rezo pelos mortos e os feridos”, declarou.

Mais de 160 pessoas terão perdido a vida na sequência do sismo de magnitude 5,6 na escala de Richter, registado esta segunda-feira na Indonésia; as autoridades locais falam também em centenas de feridos.

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Agência ECCLESIA

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