Intenção de oração apresenta «mestres da ternura» para um mundo em guerra
Cidade do Vaticano, 30 jun 2022 (Ecclesia) – O Papa vai dedicar o mês de julho aos idosos, que apresenta como “mestres da ternura” para um mundo em guerra.
“Precisamos, neste mundo habituado à guerra, de uma verdadeira revolução da ternura. Temos aqui uma grande responsabilidade para com as novas gerações”, assinalou Francisco, de 85 anos de idade, no vídeo mensal que divulga a sua intenção de oração, nas redes sociais e plataformas digitais.
“Somos, ou podemos tornar-nos, mestres da ternura. E quanto!”, acrescenta
No mês em que a Igreja Católica celebra o II Dia Mundial dos Avós e dos Idosos (24 de julho), o Papa sublinha que “os mais velhos têm frequentemente uma sensibilidade especial para o cuidado, para a reflexão e o afeto”.
Nunca fomos tão numerosos na história da humanidade, mas não sabemos como viver esta nova etapa da vida: para a velhice há muitos planos de assistência, mas poucos projetos de vida”.
Dias após a conclusão do X Encontro Mundial das Famílias (22-26 de junho), Francisco destaca que é impossível “falar da família sem falar da importância que os idosos têm”.
“Lembremo-nos: os avós e os idosos são o pão que alimenta as nossas vidas, são a sabedoria oculta de um povo, e é por isso que devem ser celebrados, e estabeleci um dia dedicado a eles”, acrescenta.
A mensagem conclui-se com a intenção de oração para o mês de julho: “Rezemos pelos idosos, para que se tornem mestres da ternura, para que a sua experiência e sabedoria ajudem os mais jovens a olhar para o futuro com esperança e responsabilidade”.
O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (Santa Sé) lançou um “kit pastoral” para a celebração do II Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, em todas as comunidades católicas.
A celebração é promovida pela Santa Sé, por iniciativa do Papa Francisco, sendo assinalada no quarto domingo de julho, junto à celebração litúrgica de São Joaquim e Santa Ana (26 de julho), este ano a 24 de julho.
O cardeal Kevin Farrell, prefeito do organismo da Cúria Romana, ressaltou que “a atenção para com os avós e idosos, com efeito, não pode ser algo extraordinário, dado que a presença deles não é excecional, mas um facto consolidado na sociedade”.
“O Santo Padre convida-nos a tomar consciência da relevância deles na vida dos nossos países e sociedades, e a fazê-lo de modo não episódico, mas estrutural. Não se trata, pois, de remediar uma emergência, mas de lançar as bases de um trabalho pastoral de longo período, que nos envolverá pelas próximas décadas”, acrescentou o colaborador do Papa.
OC
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