Vaticano: Papa convida a rezar sempre, antídoto contra o «sumo amargo» do negativismo

Francisco destaca impacto da oração na vida de todos os dias

Cidade do Vaticano, 10 fev 2021 (Ecclesia) – O Papa disse hoje no Vaticano que a oração é um antídoto contra o “sumo amargo do negativo”, iluminando os momentos difíceis da vida, em particular no atual momento de pandemia.

“A oração cristã infunde no coração humano uma esperança invencível: qualquer que seja a experiência que toque o nosso caminho, o amor de Deus pode transformá-la em bem”, referiu, durante a audiência geral que foi transmitida online, desde a biblioteca do Palácio Apostólico.

Francisco evocou a celebração, esta quinta-feira, do Dia Mundial do Doente, na festa litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes.

“Peçamos por sua intercessão que o Senhor conceda a saúde da alma e do corpo a todos aqueles que sofrem de alguma doença e com a atual pandemia, fortalecendo aqueles que os assistem e os acompanham neste momento de provação”, apelou.

A intervenção, com saudações aos ouvintes de várias línguas, convidou os católicos à oração diária, “principalmente nesta época de pandemia”, apresentando a Deus as suas próprias necessidades e as do mundo inteiro.

O Papa afirmou que a oração está presente na vida quotidiana, “nas ruas, nos escritórios, nos meios de transporte”.

Francisco destacou que rezar permite entrar no “mistério” de Deus, com confiança.

“O conhecimento de Cristo faz-nos confiar que, onde o nosso olhar e os olhos da nossa mente não podem ver, não há o nada, mas há alguém que nos espera, uma graça infinita”, apontou.

A reflexão destacou a necessidade de rezar a partir do “concreto do real”, porque a oração acontece no “hoje”.

“Hoje encontro-me com Deus. Há sempre o hoje do encontro. Não há um outro dia maravilhoso, a não ser o hoje que vivemos”, precisou.

Cada dia que começa, se for acolhido na oração, é acompanhado de coragem, para que os problemas a enfrentar já não sejam obstáculos à nossa felicidade, mas apelos de Deus, ocasiões para o nosso encontro com Ele”.

O Papa desafiou a rezar por tudo e por todos, “também pelos inimigos”.

“Rezemos especialmente pelos infelizes, por quantos choram na solidão e perdem a esperança de que ainda haja um amor que pulse por eles”, pediu.

Francisco realçou que a oração ajuda a “amar os outros”, apesar das suas falhas, imitando Jesus, que “não julgou o mundo, mas o salvou”.

“Amando assim este mundo, amando-o com ternura, descobriremos que cada dia e cada coisa traz dentro de si um fragmento do mistério de Deus”, prosseguiu.

Somos seres frágeis, mas sabemos rezar: esta é a nossa maior dignidade. É a nossa força. Coragem: rezem em todos os momentos, em qualquer situação. O Senhor está perto e quando uma oração está em sintonia com o coração de Jesus, obtém milagres”.

No final da audiência semanal, o Papa deixou uma saudação aos ouvintes de língua portuguesa.

“Queridos irmãos, a oração transforma o nosso olhar e nos ajuda a fazer-nos próximos de todos, mesmo daquelas pessoas que são diferentes de nós. Vele sobre o vosso caminho a Virgem Maria e vos ajude a ser sinal de um amor sem condições no meio dos vossos irmãos”, afirmou.

OC

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