Vaticano: Papa convida a confiar em Jesus perante dramas da vida

Francisco destaca necessidade da oração, com «recado» para os bispos

Cidade do Vaticano, 10 mai 2020 (Ecclesia) – O Papa convidou hoje à confiança em Jesus para enfrentar os “dramas da vida”, destacando a necessidade da oração.

“Jesus sabe que, na vida, a pior ansiedade, a perturbação, surgem da sensação de não sermos capazes, de nos sentirmos sozinhos e sem pontos de referência diante do que acontece. Essa angústia, na qual se somam dificuldades, não pode ser superada sozinhos”, declarou, antes da recitação da oração do ‘Regina Caeli’, desde a biblioteca do Palácio Apostólico, com transmissão online.

Francisco destacou a fé dos católicos na vida eterna, na certeza de que há “um lugar reservado para cada um”.

“Não vivemos sem rumo e sem destino. Somos esperados, somos preciosos. Deus está apaixonado pela beleza dos seus filhos. E para nós ele preparou o lugar mais digno e bonito: o Paraíso”, sublinhou.

Para sempre: é algo que nem podemos imaginar agora. Mas é ainda mais bonito pensar que este para sempre será todo na alegria, em plena comunhão com Deus e com os outros, sem mais lágrimas, rancores, divisões e perturbações”.

Francisco alertou para os “caminhos que não levam ao Céu”, os caminhos “da mundanidade, os caminhos da autoafirmação, os caminhos do poder egoísta”.

“Há o caminho de Jesus, o caminho do amor humilde, da oração, da mansidão, da confiança, do serviço aos outros. Não é o caminho do meu protagonismo, é o caminho de Jesus protagonista da minha vida”, realçou.

Foto: Vatican Media

Horas antes, na Missa a que presidiu na Capela da Casa de Santa Marta, o Papa destacou a importância da oração, ensinada por Jesus Cristo.

Francisco falou em particular aos bispos, destacando que a sua tarefa é “rezar e pregar”.

“Com essa força que sentimos no Evangelho: o bispo é o primeiro a ir até ao Pai, com a confiança que Jesus deu, com coragem, com parrésia, para lutar pelo seu povo. A primeira tarefa do bispo é rezar”, insistiu.

O Papa disse ser “triste” ver “bons bispos, bons, pessoas boas” que estão mergulhados numa série de tarefas, “em muitas coisas, a economia, isto e aquilo”.

“A oração em primeiro lugar, depois as outras coisas. Mas quando as outras coisas tiram espaço à oração, algo não funciona”, advertiu.

OC

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Agência ECCLESIA

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