Vaticano: Papa assume intenção de visitar República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul em 2023

Francisco conversou com jovens africanos, que desafiou a assumir «controlo das suas riquezas humanas»

Cidade do Vaticano, 02 nov 2022 (Ecclesia) – O Papa assumiu esta terça-feira a de visitar República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul em fevereiro de 2023, num encontro com jovens africanos, que decorreu online.

“O médico proibiu-me [em julho deste ano, ndr], agora consigo andar. Com bengala, mas consigo”, disse, numa conversa divulgada pelo portal de notícias do Vaticano.

Francisco sustentou que “a África não deve ser explorada, a África não deve ser a figura de proa de uma subcultura”, pedindo aos jovens que “assumam o controlo das suas riquezas humanas”.

O encontro ‘Building Bridges across Africa’ (Construir Pontes ao longo da África), foi um “novo exercício de sinodalidade”, repetindo o que foi realizado em 24 de fevereiro com estudantes universitários de toda a América.

“Este encontro é para abrir pontes, pontes que nos aproximam, que nos unem, que nos fazem ouvir uns aos outros”, sublinhou Francisco.

O Papa desafiou os participantes a assumir a história dos seus povos, muitas vezes marcada pelo derramamento de sangue.

“Vocês sabem o que é história dura, vocês sabem o que é exploração, vocês sabem o que é escravidão, vocês sabem o que é dizer que a África é para ser espremida, não para que possa crescer”, lamentou.

Francisco falou do desmatamento no continente africano e na Amazónia, um fenómeno que “leva à perda da convivência entre a pessoa humana e a natureza”.

“O desmatamento, neste momento, é um crime contra a humanidade”, afirmou.

A intervenção abordou ainda os ataques contra cristãos por fundamentalistas muçulmanos.

“Quando o terrorismo fundamentalista cresce, é um suicídio social, a sobrevivência do país está em jogo”, alertou Francisco.

OC

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