Vaticano: Papa assinala Dia Mundial das Comunicações Sociais

Bento XVI pede «respeito recíproco» num momento em que a Santa Sé reage judicialmente a fuga de documentos

Cidade do Vaticano, 20 mai 2012 (Ecclesia) – Bento XVI assinalou hoje no Vaticano a celebração do Dia Mundial das Comunicações Sociais, pedindo “respeito recíproco” no universo dos media.

“Convido todos a rezar para que a comunicação, em todas as suas formas, sirva sempre para instaurar com o próximo um diálogo autêntico, fundado no respeito recíproco, na escuta e na partilha”, disse o Papa, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do Regina Caeli.

A data é este ano dedicada ao tema ‘Silêncio e Palavra: caminho de evangelização”; em Portugal, os peditórios realizados nas celebrações deste domingo revertem para as Comunicações Sociais da Igreja, sendo 50% do total para o secretariado nacional deste setor e o restante para os secretariados diocesanos.

“O silêncio é parte integrante da comunicação, é um lugar privilegiado com a Palavra de Deus e com os nossos irmãos e irmãs”, observou Bento XVI.

A intervenção do Papa acontece um dia depois de a Santa Sé ter anunciado a intenção de processar judicialmente os responsáveis pela publicação de documentos reservados e cartas confidenciais a Bento XVI e outras autoridades eclesiais, atitude classificada como “ato criminoso”.

“A nova publicação de documentos privados do Santo Padre e da Santa Sé não é apenas difamatória, mas assume claramente o caráter de um ato criminoso”, refere um comunicado da sala de imprensa do Vaticano, após o lançamento na Itália do livro ‘Sua Santità’ (Sua Santidade), do jornalista Gianluigi Nuzzi.

A Santa Sé afirma que a fuga de documentação violou os “direitos pessoais de privacidade e liberdade de correspondência” de Bento XVI, seus colaboradores e as pessoas que lhe enviaram as mensagens.

O comunicado indica ainda que a Santa Sé vai continuar a investigar estes “atos de violação da privacidade” do Papa, “como pessoa e também como autoridade suprema da Igreja Católica e do Estado da Cidade do Vaticano”.

A nota oficial anuncia a intenção de dar “os passos oportunos para que os autores do roubo, da receção e da divulgação de notícias secretas, assim como do uso comercial de documentos privados, ilegitimamente obtidos e conservados, respondam pelos seus atos na Justiça”.

O Vaticano admite, “se necessário”, pedir “colaboração internacional”.

OC

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