Vaticano: Papa assinala Dia Mundial da luta contra a Sida

Francisco lembra infetados sem acesso a «cuidados essenciais»

Cidade do Vaticano, 01 dez 2021 (Ecclesia) – O Papa assinalou hoje no Vaticano o Dia Mundial da luta contra a Sida, lembrando as pessoas infetadas com o VIH que vivem sem acesso a “cuidados essenciais” de saúde.

“É uma ocasião importante para lembrar as inúmeras pessoas afetadas por esse vírus, para muitas das quais, nalgumas partes do mundo, não há acesso a cuidados essenciais. Espero um compromisso renovado de solidariedade, para garantir tratamentos de saúde equitativos e eficazes”, disse Francisco, no final da audiência pública desta semana, no Auditório Paulo VI.

No mês de novembro, o Papa enviou uma mensagem de agradecimento aos sacerdotes, religiosas e leigos católicos que ajudaram pessoas infetadas com VIH durante os anos 80 e 90 do século XX, nos Estados Unidos da América.

“Obrigado por iluminar a vida e o testemunho dos muitos sacerdotes, religiosas e leigos que escolheram acompanhar, apoiar e ajudar os seus irmãos e irmãs doentes de VIH e Sida, com grande risco para a sua profissão e reputação”, assinalou Francisco, numa carta ao jornalista Michael O’Loughlin, correspondente da revista ‘America’.

O jornalista é autor de um ensaio, recentemente publicado, sobre “A misericórdia escondida: a SIDA, os católicos e as histórias nunca contadas de compaixão diante do medo”.

Enquanto arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio lavou os pés a 12 pessoas infetadas com o VIH, durante a celebração da Quinta-feira Santa de 2008.

Em janeiro de 2019, na visita ao Panamá por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, Francisco visitou a Casa ‘Bom Samaritano’, que acolhe pessoas seropositivas.

Em setembro do mesmo ano, o Papa esteve no Hospital do Zimpeto, em Maputo, onde se encontrou com doentes assistidos pela comunidade católica de Santo Egídio, que oferece tratamento gratuito a pessoas com HIV/Sida.

Francisco recordou “as cerca de 100 mil crianças que podem escrever uma nova página da história livres do HIV/Sida, e muitas outras pessoas anónimas que hoje sorriem, porque foram curadas com dignidade na sua dignidade”.

Santo Egídio, a comunidade que mediou o acordo de paz para Moçambique, em 1992, é responsável pelo programa “Reforço de Recursos e Medicamentos contra a Malnutrição e Sida” (Dream, sigla inglesa); o tratamento visa em particular as mulheres grávidas, para evitar a transmissão do vírus aos filhos.

OC

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Agência ECCLESIA

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