Vaticano: Papa apela ao «respeito pela vida» de todos, evocando São João Paulo II

Francisco defende «amor privilegiado pelos últimos e os indefesos» da sociedade

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 28 out 2020 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje no Vaticano ao respeito pela vida de todos, especialmente os “últimos e indefesos”, evocando o ensinamento de São João Paulo II, eleito como pontífice a 22 de outubro de 1978.

“Peço a Deus que suscite no coração de todos o respeito pela vida dos nossos irmãos, especialmente dos mais frágeis, indefesos, e dar força aos que a acolhem e tomam conta dela, mesmo quando isso exige um amor heroico”, declarou Francisco, no final da audiência pública semanal que decorreu no auditório Paulo VI.

No ano do centenário de São João Paulo II, o Papa sublinhou que ele “exortou sempre a um amor privilegiado pelos últimos e os indefesos, e à tutela de todos os seres humanos, da conceção à morte natural”.

Francisco começou a audiência com uma explicação para o distanciamento face aos peregrinos, sublinhando que não poderia descer e cumprimentar os peregrinos, como de costume, para evitar ajuntamentos.

“Isso iria contra as normas, os cuidados que devemos ter diante dessa ‘senhora’ que se chama Covid e que tanto mal nos faz. Por isso, desculpem-me se não desço para vos cumprimentar: saúdo-vos daqui, mas levo-vos no meu coração, a todos”, disse.

O Papa dedicou a sua catequese à oração de Jesus, a partir do início da sua missão pública, com o Batismo no rio Jordão, um “um ato de solidariedade para com a condição humana”.

“Jesus não é um Deus distante, e não o pode ser”, declarou.

Francisco sublinhou que, para rezar, é preciso “humildade” e convidou todos a acolher a oração de Jesus, “o seu diálogo de amor com o Pai”.

“Se, numa noite de oração, nos sentirmos fracos e vazios, se nos parecer que a vida tem sido completamente inútil, nesse momento devemos implorar que a prece de Jesus se torne também nossa”, declarou.

No final do encontro, o Papa deixou uma mensagem aos peregrinos e ouvintes de língua portuguesa, a quem concedeu a sua bênção.

“Temos a estrada desimpedida até ao Céu. Que nada vos impeça de viver e crescer na amizade com o Pai Celeste, e testemunhar a todos a sua bondade e misericórdia”, disse.

OC

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