Vaticano: Papa acompanha situação na Venezuela – porta-voz

Santa Sé diz apoiar soluções que evitem «mais sofrimento» à população

Cidade do Vaticano, 24 jan 2019 (Ecclesia) – O porta-voz do Vaticano disse hoje que o Papa está a acompanhar a situação de crise política na Venezuela, desde o Panamá, onde se encontra em viagem.

“O Papa Francisco, ao ser informado no Panamá sobre as notícias provenientes da Venezuela, acompanha de perto o desenrolar da situação e reza pelas vítimas e por todos os venezuelanos”, adianta a nota oficial.

A Santa Sé diz apoiar “todos os esforços que permitam poupar mais sofrimento à população”.

Já a Conferência Episcopal da Venezuela (CEV) apelou ao respeito pela população, depois de o líder do parlamento, o opositor Juan Guaidó, se ter autoproclamado presidente interino do país.

“Pedimos à Santíssima Virgem de Coromoto, padroeira da Venezuela, que cuide de todos os venezuelanos, das famílias em busca de bem-estar e liberdade, e convidamos a todos a rezar pela Venezuela”, assinala uma mensagem da CEV, após as manifestações de protesto em vários locais da nação sul-americana.

Uma nota da Comissão Justiça e Paz, assinada pelo presidente, D. Roberto Lückert, bispo emérito de Coro, pede às forças de segurança “o respeito pelos cidadãos que se manifestam”, evitando a repressão violenta, detenções arbitrárias e o uso de armas de fogo.

A Igreja Católica considera que a Assembleia Nacional é “atualmente o único órgão do poder público legitimado a exercer o seu poder”.

Nicolas Maduro, presidente da Venezuela, tomou posse para um novo mandato, no início de janeiro, depois de vencer as eleições antecipadas de 20 de maio de 2018, que foram boicotadas pela oposição.

A União Europeia defendeu a legitimidade democrática do parlamento venezuelano, sublinhando que “os direitos civis, a liberdade e a segurança de todos os membros da Assembleia Nacional, incluindo do seu presidente, Juan Guaidó, devem ser plenamente respeitados” e instando à “abertura imediata de um processo político que conduza a eleições livres e credíveis, em conformidade com a ordem constitucional”.

OC

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