Vaticano: Papa abre caminho à beatificação da irmã Mary Jane Wilson, falecida no Funchal

Religiosa, que se converteu ao catolicismo, fundou Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias

Cidade do Vaticano, 11 out 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco aprovou hoje a publicação do decreto que reconhece as ‘virtudes heroicas’ da irmã Mary Jean Wilson (1840-1916), que faleceu na Madeira e ali fundou a Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias.

A religiosa, filha de pais ingleses, nasceu na Índia, a 3 de outubro de 1840, e morreu em Câmara de Lobos, a 18 de outubro de 1916, após um percurso de vida que a fez converter-se do anglicanismo ao catolicismo, assumindo o nome de irmã Maria de São Francisco.

O reconhecimento das “virtudes heroicas” é uma fase do processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, e permite que, após a verificação de um milagre atribuído à intercessão da irmã Wilson, tenha lugar a sua beatificação, penúltima etapa para a declaração da santidade.

A religiosa recebeu o batismo em França, em 1874, e chegou à Madeira em maio de 1881, como enfermeira de uma doente inglesa.

Após ter-se fixado no Funchal, dedicou-se à catequese das crianças, aos doentes e à educação, tendo instituído diversas obras a favor dos pobres.

A 15 de Janeiro de 1884, com a primeira colaboradora, Amélia Amaro de Sá, fundou a Congregação das irmãs vitorianas.

Em 1907, distinguiu-se pelo apoio às vítimas de uma epidemia de varíola na região sul da Madeira, o que lhe valeu a condecoração ‘Torre e Espada’, foi atribuída pelo rei D. Carlos.

Em outubro de 1910, com a revolução republicana, a congregação foi extinta e a irmã Wilson, depois de presa, foi expulsa para a Inglaterra, acabando por regressar um ano depois à Madeira, onde faleceu, em 1916, no Convento de São Bernardino (Câmara de Lobos).

O processo de canonização teve início na Diocese do Funchal, em 1991.

OC

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