Vaticano: «Não se pode fazer a guerra em nome de Deus»

Francisco recordou vítimas dos ataques contra igrejas cristãs no Níger

Cidade do Vaticano, 21 jan 2015 (Ecclesia) – O Papa recordou hoje no Vaticano as vítimas das manifestações da violência contra cristãos no Níger e criticou quem justifica os ataques com as suas convicções religiosas.

“Não se pode fazer a guerra em nome de Deus”, declarou, durante a audiência pública semanal, perante milhares de pessoas, que saudaram o apelo com uma salva de palmas.

“Gostaria de vos convidar a rezar em conjunto pelas vítimas das manifestações destes últimos dias no amado Níger. Foram praticadas brutalidades contra cristãos, contra crianças, contra igrejas: invoquemos ao Senhor o dom da reconciliação e da paz”, apelou.

Pelo menos 45 igrejas foram incendiadas no Níger, resultando em 10 mortes, durante protestos contra a publicação de caricaturas de Maomé no semanário francês ‘Charlie Hebdo’, informou o governo local nesta segunda-feira.

O Papa Francisco pediu que o “sentimento religioso” nunca se torne “ocasião de violência, de opressão e de destruição”.

“Desejo que se possa restabelecer quanto antes um clima de respeito recíproco e de convivência pacífica para o bem de todos”, concluiu.

Durante a tradicional reflexão destes encontros, o Papa tinha passado em revista a recente viagem ao Sri Lanka e Filipinas, afirmando que "encorajou o diálogo inter-religioso ao serviço da paz".

D. Michel Cartatéguy, arcebispo de Niamey, capital do Níger, revelou à Rádio Vaticano que todas as igrejas católicas locais foram queimadas e saqueadas, à exceção da catedral, que está sob vigilância.

OC

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