Investigação diz respeito ao caso de Emanuela Orlandi, uma adolescente italiana desaparecida em 1983
Cidade do Vaticano, 11 jul 2019 (Ecclesia) – O Vaticano anunciou hoje que a operação de abertura de duas campas no Cemitério Teutónico, ligada à investigação do desaparecimento de Emanuela Orlandi, foi hoje levada a cabo e que, ao longo dos trabalhos, não foram encontrados restos humanos nas referidas urnas.
Em comunicado, o diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti, salientou que “os trabalhos foram concluídos às 11h15 (menos uma em Lisboa)” e que as buscaram se revelaram infrutíferas, ou seja, “não foram encontrados restos humanos nas urnas”.
O caso diz respeito à jovem italiana Emanuela Orlandi, vista pela última vez em 1983, então com 15 anos; uma adolescente filha de um funcionário da Santa Sé e que desapareceu em circunstâncias que ainda estão por apurar.
Recentemente, na sequência de uma série de apelos dos familiares da jovem, um tribunal da Cidade do Vaticano decidiu determinar a abertura de duas campas que estão integradas no Cemitério Teutónico, situado dentro do Estado do Vaticano, sob o pretexto de uma possível ocultação do cadáver de Emanuela Orlandi naquele local, reservado a enterros de figuras católicas alemãs.
Os tumúlos em questão dizem respeito a duas princesas, Sophie von Hohenlohe e Carlotta Federica de Mecklenburg.
De acordo com o diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, a abertura da urna de Sophie von Hohenlohe “revelou um amplo compartimento de 4 por 3,7 metros completamente vazio”; já em relação ao segundo jazigo, de Carlotta Federica di Mecklemburgo também “não foram encontrados restos humanos”.
Alessandro Gisotti refere ainda que “os familiares das duas princesas foram informados acerca dos desenvolvimento desta operação”.
Como a Santa Sé também já havia adiantado, a operação pericial que decorreu neste dia 11 de julho foi motivada na sequência do surgimento de uma foto, enviada à advogada da família, e que continha a indicação de um túmulo e da estátua de um anjo no Cemitério Teutónico.
As investigações preliminares conseguiram determinar que a campa foi aberta pelo menos uma vez e que a datação da estátua é diferente da que se encontra na lápide.
O portal do Vaticano advertia, no entanto que “nos últimos anos houve muitos relatos sobre o caso Orlandi que, mais tarde, se revelaram infundados”.
JCP