Vaticano: Jubileu quer aproximar todos da proposta de «salvação» de Jesus, diz o Papa

Francisco cumprimentou grupos de portugueses que participaram no ângelus

Cidade do Vaticano, 06 dez 2015 (Ecclesia) – O Papa disse hoje no Vaticano que o próximo Jubileu da Misericórdia, com início marcado para terça-feira, quer ajudar todos a “avançar na estrada da salvação”, da qual “ninguém está excluído”.

“Deus quer que todos os homens sejam salvos por meio de Jesus Cristo, único mediador”, explicou Francisco, durante a tradicional catequese dominical que antecedeu a recitação da oração do ângelus.

Falando a milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, desde a janela do apartamento pontifício, o Papa apresentou uma reflexão sobre a necessidade de “conversão”, uma ideia que marca o tempo do Advento – que precede a celebração do Natal no calendário católico.

A intervenção alertou para a “presunção” de pensar que tudo está bem e que não é preciso alterar nada na vida, apenas pelo facto de se ser católico.

“Experimentemos perguntar-nos: é realmente verdade que nas várias situações e circunstâncias da vida temos os mesmos sentimentos de Jesus?”, desafiou.

Francisco questionou ainda os presentes sobre a dificuldade de “perdoar” ou “partilhar alegrias e tristezas”.

“Temos sempre de converter-nos, ter os sentimentos que Jesus tinha”, acrescentou.

Partindo da figura de São João Batista, o Papa recordou os “modernos desertos da humanidade”, que identificou como as “mentes fechadas e os corações duros”.

“Temos de perguntar-nos se estamos efetivamente a percorrer o caminho certo, a viver uma vida segundo o Evangelho”, prosseguiu.

O pontífice argentino desafiou os católicos a transmitir a sua fé em todos os lugares, “no trabalho, na escola, no condomínio, no hospital”, como pessoas “apaixonadas” por Jesus.

“Que a Virgem Maria nos ajude a derrubar as barreiras e os obstáculos que impedem a nossa conversão, isto é, o nosso caminho ao encontro do Senhor: só Ele pode cumprir todas as esperanças do homem”, observou.

Francisco recordou depois a beatificação, este sábado, de três religiosos que foram assassinados no Peru, em 1991, pelos guerrilheiros do ‘Sendero Luminoso’.

“Que a fidelidade destes mártires no seguimento de Jesus nos dê a todos a força – especialmente aos cristãos perseguidos em várias partes do mundo – de testemunhar com coragem o Evangelho”, pediu.

No final do encontro de oração, o Papa saudou os grupos de portugueses que marcaram presença na Praça de São Pedro: o Coro Litúrgico de Milherós de Poiares e os fiéis de Casal de Cambra.

“A todos desejo um bom domingo e uma boa preparação para o início do Ano da Misericórdia”, concluiu.

OC

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