D. António Marto elogiou ainda atribuição do Nobel da Paz à União Euripeia num momento difícil para o projeto comunitário
Fátima, Santarém, 12 out 2012 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima considerou, hoje, em Fátima, que “está na hora de relançar o Concílio”, que decorreu entre 1962 e 1965, para as novas gerações que não o conheceram.
Na conferência de imprensa de apresentação da peregrinação internacional aniversária de outubro, D. António Marto sublinhou que o Bento XVI “não quis que a celebração” dos 50 anos da abertura do II Concílio do Vaticano se “reduzisse a uma efeméride de um dia nem a um acontecimento meramente mediático”.
A Igreja, com o Concílio, reencontrou a capacidade de realizar um “passo positivo nos novos tempos” com as “fontes primeiras, mais puras e frescas”, adiantou o prelado, que elogiou o confronto “com o pensamento moderno”.
Ctiando a intervenção do arcebispo de Cantuária (Igreja Anglicana), Rowan Williams, no Sínodo dos Bispos, a decorrer em Roma até 28 deste mês, o prelado de Leiria-Fátima salientou que “o Concílio colocou em relevo a renovação da antropologia cristã”.
Em relação à atribuição do Prémio Nobel da Paz de 2012 à União Europeia, D. António Marto que é também delegado da Conferência Episcopal Portuguesa na Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia, realçou que “é um reconhecimento do valor do projeto” comunitário e do seu “sentido para a construção da paz entre os povos da Europa e do mundo”.
O prémio “não foi apenas atribuído aos líderes”, mas “a todos os cidadãos e povos da Europa” nesta “hora tão difícil”, frisou, quando o projeto europeu “está abalado” nos seus fundamentos e “ameaçado em desfazer-se em ruínas”.
A peregrinação anual de outubro, nos dias 12 e 13, será a também a celebração nacional de abertura do Ano da Fé, proclamado por Bento XVI.
LFS