Vaticano: «Igreja precisa do génio apostólico das mulheres», defende o Papa

Bento XVI espera que as mulheres ganhem um papel cada vez mais importante no anúncio da Palavra de Deus.

Perante uma multidão de cinco mil pessoas, que se juntaram na praça de Castel Gandolfo para a audiência papal de Quarta-feira, o Papa apoiou-se na carta apostólica Mulieris Dignitatem, de 1998, recordando o contributo dado pela figura feminina na Igreja, a partir da Idade Média, pelo seu testemunho de santidade e pela riqueza das suas doutrinas.

Bento XVI destacou Santa Hildegarda de Bingen, religiosa beneditina e mística alemã, nascida na antiga Renânia, no século XII.

Uma figura «culta e espiritualmente elevada», responsável pela criação de conventos de clausura na região germânica, explicou o Papa.

Ao longo da sua vida, Santa Hildegarda de Bingen teve muitas visões místicas, que ela própria considerou como ilusões e não dons de Deus.

Bento XVI sublinhou esta humildade da santa, que não ostentou os seus dons e demonstrou uma grande obediência à Igreja, «mesmo numa altura em que esta estava ferida pelos pecados de sacerdotes e leigos».

Ele expressou ainda os votos de que «o seu exemplo faça crescer, em tantas mulheres de hoje, o desejo de empenharem o seu génio na obra apostólica da Igreja» .

Dirigindo-se com afecto e alegria para a comunidade portuguesa que o escutava, o Papa saudou de modo especial um grupo de irmãs salesianas e de leigos da paróquia de Évora.

«Seguindo o exemplo de Santa Hildegarda de Bingen, que possam sempre colocar os dons de Deus a serviço da edificação das vossas comunidades. Desça a minha bênção sobre vós e vossas famílias» concluiu Bento XVI.

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