Vaticano: Igreja Católica pede mão firme contra o «crime» do tráfico de órgãos

Uma prática ilícita e imoral que tem de ser condenada em todo o mundo, disse hoje a Santa Sé

Cidade do Vaticano, 09 fev 2017 (Ecclesia) – A Igreja Católica diz que o tráfico de órgãos, a par do tráfico de seres humanos, tem de ser considerado “crime” e pede o envolvimento dos países na condenação e desenvolvimento de mecanismos legais contra esta prática.

O apelo saiu de uma conferência internacional dedicada a este tema, que teve lugar em Roma organizada pela Academia Pontifícia das Ciências (Santa Sé) e cuja declaração final foi enviada hoje à Agência ECCLESIA.

No texto é evidenciada a urgência de “todas as nações e culturas” condenarem “o tráfico de seres humanos com a finalidade de remoção e o tráfico de órgãos, que incluem o uso de órgãos de presos executados e o pagamento aos doadores ou aos parentes próximos de doadores falecidos”.

Estes são “crimes que devem ser condenados em todo o mundo e perseguidos legalmente a nível nacional e internacional”, pode ler-se.

No total, o documento apresenta onze recomendações, entre as quais um apelo para “que os líderes religiosos encorajem a doação ética de órgãos” e incentivem à rejeição das “práticas ilícitas e imorais do tráfico de órgãos”.

A conferência internacional da Academia Pontifícia das Ciências teve lugar nos dias 07 e 08 de fevereiro, subordinada ao tema ‘Tráfico de Órgãos e Turismo dos Transplantes’, e contou com testemunhos diretos de pessoas vindas um pouco por todo o mundo.

Este evento inseriu-se no esforço que foi pedido pelo Papa Francisco contra o tráfico de pessoas.

JCP

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