Vaticano: Francisco recorda Paulo VI, «grande Papa da modernidade»

Futuro santo morreu a 6 de agosto de 1978

Cidade do Vaticano, 06 ago 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco recordou hoje no Vaticano o aniversário de falecimento de Paulo VI, que vai ser canonizado a 14 de outubro, pedindo à multidão um aplauso para um “grande Papa da modernidade”.

“Há 40 anos, o Beato Paulo VI estava a viver as suas últimas horas nesta terra; morreu, efetivamente, na tarde de 6 de agosto de 1978. Recordamo-lo com muita veneração e gratidão”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.

Perante os visitantes e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, o Papa recordou que Paulo VI será canonizado este ano, a 14 de outubro.

“Que interceda do Céu pela Igreja, que tanto amou, e pela paz no mundo”, pediu.

Em outubro de 2014, Francisco beatificou Paulo VI, o pontífice que liderou a Igreja Católica entre 1963 e 1978, período em que encerrou o Concílio Vaticano II, e primeiro Papa a fazer viagens internacionais, entre as quais uma visita a Fátima (1967).

A biografia de Giovanni Battista Montini, divulgada pelo Vaticano, referia então que o novo beato “sofreu muito por causa das crises que afetaram repetidamente o corpo da Igreja”, durante a sua vida, tendo respondido com “uma corajosa transmissão da fé, garantindo a solidez doutrinal num período de mudanças ideológicas”.

O Papa italiano escreveu sete encíclicas, entre as quais a ‘Humanae vitae’ (1968), sobre a regulação da natalidade, e a ‘Populorum progressio’ (1967), sobre o desenvolvimento dos povos, tendo instituído o Sínodo dos Bispos e o Dia Mundial da Paz.

O Papa Francisco falou ainda aos peregrinos sobre a passagem do Evangelho que relata o milagre da multiplicação dos pães, convidando todos a aprofundar o significado deste relato.

“Jesus, verdadeiro pão da vida, quer saciar não só os corpos mas também as almas, dando o alimento espiritual que pode satisfazer a fome mais profunda”, precisou.

Francisco advertiu para a “tentação” de reduzir a religião à “prática de leis”, como se Deus fosse um “patrão”, convidando os católicos a “cumprir boas obras, perfumadas com o Evangelho, pelo bem e as necessidades dos irmãos”.

O Papa despediu-se com os tradicionais votos de “bom domingo” e “bom almoço” para todos os presentes na Praça de São Pedro.

OC

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