Vaticano encerra comemorações dos 500 anos dos seus Museus

Com uma exposição da estátua de Laocoonte, uma das esculturas mais célebres da história da arte, culminam as comemorações dos 500 anos dos Museus Vaticanos, inaugurados em 1506, no pontificado do Papa Júlio II. A mostra, que documenta a descoberta da escultura, ficará aberta ao público até 28 de Fevereiro de 2007. O espólio dos museus do Vaticano é um dos mais interessantes e ricos do mundo, abrangendo obras de arte que representam não só a arte grega e romana do período clássico, como a das sociedades primitivas, e contam toda a história da cultura europeia até à actualidade. Estas obras de arte foram acumuladas através de ofertas e aquisições dos Papas que sempre foram grandes patronos de arte. No tempo do Papa Júlio II (1503-1513), o mecenas que encomendou a pintura do tecto da Capela Sixtina ao escultor, pintor e arquitecto Miguel Ângelo, foi descoberta no local denominado Colle Oppio, em Roma, a conhecida escultura Laocoonte, peça do período helenístico. A aquisição deste conjunto escultórico, colocado no pátio de Belvedere no Vaticano em 1506, assinala o início da colecção de antiguidades clássicas dos Papas e a fundação os museus do Vaticano. Francesco Buranelli, director dos Museus Vaticanos, explicou que a iniciativa que encerra as comemorações deste 500º aniversário “percorre não só a fase da descoberta do famoso grupo de esculturas, mas também representa o que significa para a arte moderna e contemporânea a descoberta de uma obra prima da Antiguidade”. “Essa antiga linguagem figurativa fez reacender uma faísca que inspirou escultores, pintores, escritores, poetas e eruditos de todos os tempos, retomando os valores antigos que, por sua vez, permearam a estética do Renascimento em diante”, acrescentou, em conferência de imprensa.

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