Vaticano: Dia Internacional da Mulher assinalado com campanha em favor da educação

Evento «Vozes de fé» leva nove mulheres a falar sobre o seu trabalho na Igreja e na sociedade

Cidade do Vaticano, 08 mar 2016 (Ecclesia) – O Vaticano vai assinalar hoje o Dia Internacional da Mulher com um encontro dedicado ao papel da mulher na Igreja e na sociedade, com testemunhos de nove países.

Segundo a Rádio Vaticano, a iniciativa vai contar com “a participação de mulheres provenientes de países como Filipinas, Quénia, Alemanha, República Democrática do Congo, Hong Kong, Estados Unidos da América, Índia e República Checa”.

No âmbito do tema “A misericórdia requer coragem”, estas mulheres vão partilhar o modo como “contribuem para promover o papel feminino em suas realidades e a liderança das mulheres na Igreja”.

No evento vai ser lançada apresentada a campanha 'Miseircórdia em movimento', (www.mercy-in-motion.org), patrocinada pelo Serviço Jesuíta aos refugiados.

A iniciativa visa oferecer a 100 mil crianças refugiadas acesso à educação, "com particular atenção às mulheres, que têm de enfrentar numerosas barreiras para ter sucesso".

O encontro internacional decorre no âmbito do projeto “Vozes de Fé”, um evento organizado pela Fundação Fidel Götz que marca habitualmente o Dia Internacional da Mulher, no Vaticano.

As intervenções vão ser centradas nas experiências de vítimas do “tráfico de pessoas, deslocamento forçado, violência, deficiência física, sem-abrigo, casamento forçado na infância/adolescência e falta de acesso à educação”.

Entre as oradoras está Cecilia Flores-Oebanda, uma antiga criança-operária das Filipinas que esteve na prisão pela sua luta política.

“A misericórdia começa por termos a coragem de aceitar que o nosso Deus preparou para nós uma missão maior na vida, por mais dolorosa que seja a jornada”, disse à organização do evento.

A edição de março do suplemento especial “Mulheres, Igreja, Mundo”, do jornal do Vaticano, 'L’Osservatore Romano', apresenta uma análise sobre a presença das mulheres ao longo da história da Igreja – e da sua vocação à pregação.

Ao contextualizar o momento histórico da existência terrena de Jesus, no qual as mulheres eram “socialmente invisíveis”, o caderno convida a “inserir nesta verdade histórica a originalidade do comportamento de Cristo”.

“Jesus vê, olha, observa e conjuga a sua vida com aquelas das mulheres que o seguem, o amam e o acompanham até a morte”, afirma o texto inicial assinado pela professora Catherine Aubin, que também colabora com a redação francesa da Rádio Vaticano.

Em 2015, o Papa Francisco – que esta semana se encontra em retiro espiritual, sem compromissos ou intervenções públicas – assinalou a data, , agradecendo pela presença feminina na sociedade e na Igreja, e pediu o fim da marginalização das mulheres.

JCP/OC

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