Vaticano corrige número de cardeais eleitores

Uma correcção na data de nascimento do Cardeal Henryk Roman Gulbinowicz, arcebispo emérito de Wroclaw (Polónia), fez com que o número de cardeais eleitores num eventual conclave diminuísse para 119. O Cardeal polaco tinha alterado os seus dados pessoais durante a ocupação nazi para evitar ser preso num campo de trabalhos forçados, segundo a agência católica Zenit. A correção foi publicada na última edição do “Anuário Pontifício”: segundo a nova versão, o Cardeal Gulbinowicz nasceu a 17 de Outubro de 1923, e não a 17 de outubro de 1928. D. Henryk Roman Gulbinowicz explicou à agência polaca KAI que mudou a sua data de nascimento em 1942, durante a ocupação alemã de toda a região de Vilnius (que então fazia parte da Polónia), por sugestão de um oficial do exército polaco independente que lutou contra a ocupação nazi e soviética. “Mudar a data de nascimento foi uma forma de escapar. Tenho de acrescentar que não fui o único a fazer isso: os meus amigos da mesma idade ou de idades similares também puderam salvar-se graças a estas correcções, feitas por pessoas que queriam evitar que os polacos fossem enviados para os campos de trabalhos forçados na Alemanha”, declarou. No Colégio Cardinalício estão actualmente representados os 5 Continentes com 66 Países, 55 dos quais tem Cardeais eleitores. Os Cardeais eleitores estão assim repartidos geograficamente (entre parêntesis, indica-se o número total de Cardeais, incluindo os que têm mais de 80 anos de idade, que não podem, por isso, votar no conclave): Europa – 58 (94) América Latina – 22 (31) América do Norte – 14 (18) África – 12 (16) Ásia – 11 (18) Oceânia – 2 (5) Total: 119 eleitores (em 183 Cardeais). Apenas 2 dos Cardeais eleitores foram criados por Paulo VI, tendo os outros 117 sido criados por João Paulo II O país com mais Cardeais eleitores é a Itália (20), seguida dos EUA (11); Alemanha e Espanha (6 cada); França (5); Brasil e México (4 cada). A Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, sobre a vacância da Sé Apostólica e a eleição do Papa, define como limite máximo o número de 120 Cardeais eleitores.

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