Vaticano: Bento XVI visitou casa que o acolheu há 47 anos como perito do concílio

Papa encontrou-se com responsáveis máximos da congregação dos Verbitas

Cidade do Vaticano, 09 jul 2012 (Ecclesia) – O Papa visitou hoje a Casa dos Verbitas na cidade de Nemi, próxima do Vaticano e do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, nos arredores de Roma, onde atualmente passa férias.

Bento XVI falou da “belíssima recordação” que guarda do local, “talvez a mais bela de todo o Concílio”.

“Estar aqui nos espaços verdes, ter este respirar da natureza e também esta frescura de ar era já em si uma coisa bonita. Depois, havia a companhia de tantos grandes teólogos, com uma missão tão importante e bela de preparar um decreto sobre a missão”, disse.

Entre 29 de março e 3 de abril de 1965 o espaço pertencente à Sociedade do Verbo Divino acolheu o padre Joseph Ratzinger (Bento XVI), numa sessão destinada a elaborar o projeto do decreto do Concílio Vaticano II (1962-1965) sobre a atividade missionária da Igreja.

A visita  à casa agora denominada Centro Ad Gentes, nome do documento conciliar sobre as missões, iniciou-se em Castel Gandolfo às 11h30 (hora local, menos uma em Lisboa), num trajeto de automóvel de aproximadamente 15 minutos.

Bento XVI afirmou que em 1965 era “um teólogo sem grande importância, muito jovem” que viveu uma experiência de “enriquecimento espiritual”.

O Papa evocou o decreto ‘Ad gentes’ como um documento “bom e bonito”, de consensos e “sem grandes controvérsias”, em que tudo convergia “num único dinamismo da necessidade de levar a luz da Palavra de Deus, a luz do amor de Deus ao mundo”.

Tudo o que é bom, prosseguiu, tem necessidade de “comunicar-se, de dar-se”, não pode permanecer em si próprio.

Bento XVI despediu-se com elogios ao “dinamismo missionário” dos Verbitas, frisando que este só existe com a “alegria do evangelho”, a “experiência de bem que vem de Deus”.

A deslocação teve caráter privado, como aconteceu com as de outros dois Papas: João XXIII, a 23 de agosto de 1962, e de Paulo VI, a 6 de setembro de 1965.

Bento XVI foi recebido pelos padres Heinz Kuluke, superior geral eleito, Antonio Pernia, superior geral, e Giancarlo Girardi, procurador geral, dirigindo-se seguidamente à capela da casa, onde o esperavam os participantes na assembleia mundial (Capítulo Geral) dos Verbitas e membros da comunidade da cúria de Roma da congregação, num total de 150 pessoas.

VIS/RJM/OC

Notícia atualizada às 14h57

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