Vaticano: 22 assassinatos atingiram a Igreja Católica em 2013

Números referem-se sobretudo a assaltos violentos, com destaque para as mortes no continente americano

Cidade do Vaticano, 03 jan 2014 (Ecclesia) – A agência Fides, do Vaticano, revelou hoje que 22 agentes pastorais da Igreja Católica foram assassinados em 20132, com destaque para o continente americano.

O número é superior ao de 2012 (13 assassinatos) e inferior ao de 2011 (26 mortes), incluindo 19 padres, uma religiosa e dois leigos.

O último caso refere-se ao assassinato do padre Eric Freed, pároco na Califórnia (Estados Unidos da América), na noite de passagem de ano.

A Fides manifesta ainda a sua preocupação com a situação de “muitos outros operadores pastorais sequestrados ou desaparecidos”, como três sacerdotes raptados na República Democrática do Congo, em outubro de 2012, ou o jesuíta italiano Paolo Dall’Oglio e dois bispos ortodoxos dos quais não se tem notícia, na Síria.

Pelo quinto ano consecutivo, o maior número de mortes aconteceu na América, com destaque para a Colômbia, onde foram mortos sete sacerdotes.

Entre os casos relatados pela Fides encontra-se o assassinato do padre Elvis Marcelino De Lima, de 47 anos, religioso da Congregação da Sagrada Família de Nazaré, morto a 13 de julho em Fortaleza.

A agência de notícias sublinha que a maior parte das mortes aconteceu após “tentativas de assaltos” violentos.

O elenco refere-se não só aos missionários, mas a todo o pessoal eclesiástico que faleceu de forma violenta ou que sacrificou a sua vida consciente do risco que corria.

Nesse sentido, foi aberto em 2013 um processo de beatificação de seis missionárias italianas que morreram no Congo, em 1995, infetadas com o vírus do ébola e definidas como “mártires da caridade”, após se terem recusado deixar a população sem assistência sanitária. 

Segundo os dados da agência do Vaticano para o mundo missionário, entre 1980 e 2013 morreram mais de mil agentes pastorais da Igreja Católica.

Na oração do ângelus do último dia 26 de dezembro, o Papa Francisco evocou os cristãos que são “vítimas de discriminações por causa do testemunho prestado a Cristo e ao Evangelho”.

OC

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