Vaticano: 1000 dias com o Papa Francisco

ECCLESIA assinala data com recolha de imagens mais significativas do pontificado

Lisboa, 08 dez 2015 (Ecclesia) – A Agência ECCLESIA assinala os primeiros 1000 dias do pontificado de Francisco, que se completam hoje, com 1000 imagens que marcam o quotidiano do Papa.

A escolha das imagens foi feita por todos os que quiseram participar no desafio proposto pela Agência ECCLESIA de enviar uma imagem tirada com o Papa ou um momento do pontificado de Francisco que tenha sido particularmente marcante, seja nos encontros públicos seja nas suas expressões.

As 1000 imagens recolhidas estão publicadas na mais recente edição do semanário digital ECCLESIA, com uma introdução do escritor português Jorge Reis-Sá, que assinou juntamente com o jornalista Henrique Cymerman a obra «Francisco. De Roma a Jerusalém».

"Francisco ensina-nos a amar um homem e uma mulher. Este, aquele, aqueloutra. Foram mil dias de ensinamentos pelo exemplo, como lhe ouvi. Que se somem muitos mais mil", escreve.

Jorge Mario Bergoglio, de 78 anos de idade, foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito; Francisco é o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja e também o primeiro pontífice sul-americano.

Em 32 meses, o Papa argentino visitou o Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba e Estados Unidos da América, Quénia, Uganda e República Centro-Africana, bem como as cidades de Estrasburgo (França), onde passou pelo Parlamento Europeu e o Conselho da Europa, Tirana (Albânia) e Sarajevo (Bósnia-Herzegovina).

Realizou também dez viagens em Itália, incluindo uma passagem pela ilha de Lampedusa e uma homenagem no centenário no início da I Guerra Mundial, para além de outras visitas a paróquias na Diocese de Roma.

As Filipinas acolheram a 18 de janeiro a maior celebração do atual pontificado, junto ao estádio ‘Quirino Grandstand’, na área do Parque Rizal, com seis milhões de participantes, o que representa um recorde na história da Igreja Católica.

Entre os principais documentos do atual pontificado estão as encíclicas ‘Laudato si’, dedicada a questões ecológicas, a ‘Lumen Fidei’ (A luz da Fé), que recolhe reflexões de Bento XVI, e a exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho).

O Papa argentino promoveu um Sínodo sobre a Família, em duas sessões, com consultas alargadas às comunidades católicas, e deu hoje início ao Jubileu da Misericórdia, 50 anos depois do encerramento do Concílio Vaticano II.

Francisco está a promover uma reforma da Cúria Romana, a começar pelo setor administrativo-financeiro, com auditorias externas às contas do Vaticano e a criação de uma Secretaria para a Economia na Santa Sé, para além da implementação de medidas de transparência financeira no Instituto para as Obras de Religião (IOR, conhecido como Banco do Vaticano).

Além das várias críticas a um sistema económico e financeiro que “mata”, o Papa tem apelado à paz nas várias regiões do mundo afetadas por conflitos, assumindo a defesa dos cristãos no Médio Oriente, perseguidos pelo autoproclamado ‘Estado Islâmico’, e criticando quem justifica ataques terroristas com as suas convicções religiosas.

O Papa criou 38 novos cardeais, incluindo D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, e prelados de Cabo Verde, Etiópia, Mianmar, Panamá, Tonga, Tailândia e Vietname, entre outros.

PR/OC

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