Universitários prestam apoio à população de Abruzzo

Se em anos anteriores os universitários dos Centros do Opus Dei reuniam-se para debater questões académicas e tendências culturais, este ano os jovens rumaram a Abruzzo para ajudar as vítimas do terramoto que a 6 de Abril, vitimou mortalmente 287 mortos e deixou dezenas de milhares de pessoas sem lar.

“A Itália e os italianos responderam com eficácia a este sinistro, sem perder um minuto. Nós, jovens universitários de todo o país, queremos responder a este apelo de auxílio e, de acordo com a Protecção Civil, organizamos diversas actividades, especialmente dirigidas a crianças e idosos”. É assim que Giorgio Fozzati, director da Academia de Ponti (Florença), um dos organizadores desta iniciativa, explica esta iniciativa.

Os universitários têm também as suas sessões, de formação cultural e de formação cristã. “Assim com esta centena de universitários conseguimos uma mistura de ensinar e de aprender, de teorizar e de meter as mãos na massa”.

Diversos grupos de universitárias italianas, centraram o seu trabalho solidário nos lugares afectados pelo terramoto, próximos das povoações de Ovíndoli e L’Aquila. “Estes dias deixaram uma marca em cada uma de nós”, explica Anna Sartea. Viemos de Milão, de Nápoles, de Roma e de outras cidades para ajudar as famílias, sacrificando uma parte das nossas férias e quando se entra nas suas tendas apercebemo-nos de que essas pessoas são heróicas”.

“Recebem-nos com uma amabilidade surpreendente. E ainda que vivam na mesma tenda 10 ou 12 pessoas, não deixava de nos surpreender o ânimo com que aguentam esta situação”, continua.

“O nosso trabalho centrou-se nas crianças com idades entre os 6 e os 13 anos, embora também tenhamos feito companhia aos idosos e passado longos bocados com adultos que necessitavam de desabafar. Diziam-nos: ‘muito obrigado pela vossa ajuda, obrigado por brincarem e ajudarem os nossos filhos. Vocês só têm um defeito… estão aqui menos tempo do que o que queríamos. Não podem mesmo cá ficar mais tempo?”, recorda.

“Brincámos com os miúdos, lemos-lhes livros, ajudámo-los a fazer puzzles…”, relata a Anna. São crianças contentes, mas a marca do terramoto é profunda. “Uma menina, a Antonella, entregou-nos um desenho com casas que choravam; pouco mais tarde, uma das mães confiou-nos que o seu pequenito de 6 anos, desde a tragédia, come com dificuldade… De todas as formas, estas pessoas não se renderão”.

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