Uma vida em prol dos ciganos

Uma vida em prol dos ciganos “Ela multiplica-se a favor dos ciganos há 40 anos, em Portugal” e nesse aspecto “eles consideram-na a Madre Teresa de Calcutá”– disse à Agência ECCLESIA Francisco Monteiro, director executivo da Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos (ONPC), a propósito da homenagem à Irmã Zulmira Cunha, no Encontro Anual do Comité Católico Internacional para os Ciganos (CCIT) que decorreu em Bruges, Bélgica, de 21 a 23 Março. A homenageada, a Irmã Zulmira Cunha, directora adjunta da ONPC, realçou que “a festa não teve importância” mas “gostei da prenda: uma renda típica de Bruges, com a imagem de Nossa Senhora venerada em Bruges”. Aprofundar a cultura cigana, designadamente o significado e as características da festa cigana e assinalar a evolução da população cigana para a sua “autonomia psicológica, económica, social e cultural” foram os objectivos deste encontro, que contou com mais 100 participantes de 18 países. Segundo Francisco Monteiro debateu-se também a “necessidade crescente dos ciganos serem os próprios agentes da sua função e desenvolvimento”. Em relação à festa no seio da etnia cigana, o director executivo da ONPC salienta que estes momentos “são de convívio uns com os outros e onde a família é sublimada”. Valores “próprios desta cultura milenar”, que estão presentes “nas festas” e que são “o triunfo contra a exclusão de que estes têm sido vítimas”. O fundador do CCIT, Yoshka refere que a festa do baptismo de uma criança “é a mais bela de todas as festas porque não festeja apenas a criança mas também o futuro”. A gratuidade e a abundância da festa “são sinais de que para esta etnia, a pessoa é mais importante do que o dinheiro”.

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