Um guia para os trabalhadores

Na celebração das bodas de prata da «Laborem Exercens» “Uma encíclica que ao fim de 25 anos continua actualizada e serve de guia para todos os trabalhadores cristãos desenvolverem a sua acção no mundo do trabalho e pela dignidade desse mesmo trabalho” – disse à Agência ECCLESIA José Maria Carneiro Costa sobre a celebração das bodas de prata da encíclica «Laborem Exercens» de João Paulo II. Publicada a 14 de Setembro de 1981, este documento veio “clarificar a primazia do homem/mulher sobre o trabalho”. E acrescenta: “o trabalho não pode ser visto como uma escravatura para a realização do ser humano.” A realidade laboral “continua a espezinhar a pessoa”. Basta ver o “aumento do desemprego” e os “baixos salários” – sublinhou José Maria Carneiro Costa. Um documento que lança “um conjunto de pistas que ainda não foram desenvolvidas. E lembro a espiritualidade do trabalho” – referiu José Dias da Silva. Por sua vez, José Manuel Pureza adianta que “notamos ruptura e continuidade” na Laborem Exercens. “Há um conjunto de traços inovadores mais relacionados com as questões estruturais” – frisou. Pelas “piores razões”, a encíclica é “cada vez mais actual”. O secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Carlos Azevedo, sublinhou que o este texto “é actual nos princípios que enumera” mas, hoje, a realidade do trabalho está “totalmente transformada”. E acrescenta: “exige um novo enquadramento prático na aplicação desses princípios”. Escrito naquela circunstância internacional, este documento de João Paulo II mostra também a “experiência pessoal daquele Papa”. Ao olhar para a realidade actual, José Manuel Pureza realça que “verificamos uma tendência clara para uma visão não dignificante do trabalho”. Um texto de “dramática actualidade” – disse José Manuel Pureza. A sociedade vigente tem operado “surpreendentes transformações” porque “o mundo do trabalho é muito mais precário e inseguro” – completou D. Carlos Azevedo. Este documento precisa de ser “reestudado e reapreciado” tanto pelos trabalhadores como pelos “empresários e pela classe política” – finalizou José Maria Carneiro Costa. Notícias relacionadas • Laborem Exercens, 25 anos depois

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