Último adeus a Idalina Gomes

Uma verdadeira multidão reuniu-se esta tarde na Igreja matriz de Aguiar da Beira para o último adeus a Idalina Gomes, missionária portuguesa assassinada em Moçambique. O funeral foi presidido por D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, e concelebrado por dezenas de sacerdotes, com destaque para os representantes dos Institutos Missionários “ad Gentes” de Portugal. Familiares, amigos e conhecidos reuniram-se para uma justa homenagem à leiga que perdeu a vida na Missão da Fonte Boa, onde se encontrava desde 2005 para dar vida ao sonho de ajudar as crianças locais, como voluntária da organização “Leigos para o Desenvolvimento”. Uma longa procissão uniu a Igreja matriz ao cemitério, no final da cerimónia. Gonçalo Archer, desta organização, confessa à Agência ECCLESIA que o ambiente vivido foi “pesado”, mas destaca a grande manifestação de apreço que se viveu esta tarde. Entre os presentes estavam também Sérgio e Filipa, os outros dois voluntários que estavam em missão na Fonte Boa quando a residência dos Jesuítas foi atacada. Entretanto, o Superior dos Jesuítas em Moçambique, Pe. Carlos Giovanni Salomão, emitiu hoje uma nota, publicada pela Agência ECCLESIA, que desmente a tese do “ajuste de contas”. Para este responsável, tratou-se “de um acto brutal de tentativa de intimidar e desestabilizar as Instituições Religiosas na província de Tete e concretamente os trabalhos da Companhia de Jesus, as Irmãs do Divino Pastor e a Leigos para o Desenvolvimento”, em particular “no campo da evangelização, educação, saúde e projectos sociais que visam o crescimento e o bem estar deste povo tão sofrido”. O comunicado recorda, ainda, a longa história de comunhão dos Jesuítas com o povo daquela zona e sublinha os momentos mais difíceis e tribulações vividas durante a guerra civil, garantindo que “não será por causa de um acto cobarde e violento que nos iremos intimidar”.

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