Ucrânia: Superior geral dos Albertinos testemunha ataque de mísseis junto à casa da congregação

Testemunho de Franciszek Grzelka, responsável máximo desta congregação que apoia os mais necessitados.

Foto: Fundação AIS

Lisboa, 07 nov 2022 (Ecclesia) – O superior geral dos frades Albertinos, Franciszek Grzelka, estava na cidade de Zaporíjia (Ucrânia) quando um ataque de mísseis “atingiu o bairro onde se encontra a casa da congregação”.

Os ataques fizeram “uma dezena de explosões, algumas bem estrondosas”, e as janelas da casa da congregação fundada por Albert Chmielowski (Polónia) “tremeram” e, mais tarde, souberam que “um edifício de sete andares nas proximidades foi destruído”, relatou o religioso à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (FAIS).

“Mais de uma dúzia de civis foram mortos e houve ainda cerca de 50 feridos”, lê-se no comunicado da FAIS enviado à Agência ECCLESIA.

O superior geral dos frades Albertinos, de visita a Zaporíjia, onde a congregação desenvolve desde “há vários anos um notável trabalho junto dos sem-abrigo e das populações mais carenciadas”, explicou que os bombardeamentos “têm sido frequentes, mas não têm impedido, por exemplo, a distribuição de comida junto dos mais pobres da cidade”.

Os consagrados disseram ao superior geral que nos dias anteriores à sua chegada, no outro lado da cidade, “onde se encontra a Sopa dos Pobres, tinha havido ataques com mísseis e drones.”

A visita a Zaporíjia permitiu a Franciszek Grzelka aperceber-se das “dificuldades do trabalho assistencial que é desenvolvido” pela congregação naquela cidade.

A cidade de Zaporíjia ganhou “alguma notoriedade” desde o início da invasão, em fevereiro, pois é na região que existe “a maior central nuclear da Europa que tem estado, ela própria, a ser alvo de ataques”.

Apesar de os ataques continuarem, o trabalho dos religiosos “não diminuiu” e “a distribuição de comida, por exemplo, tem vindo a reunir cada vez mais pessoas, sinal do agravamento também das condições de sobrevivência na região”, realça a nota da FAIS.

“Desde o início da guerra, o número de pessoas necessitadas aumentou muito” porque, antes “havia cerca de 150 pessoas que utilizavam os serviços dos religiosos e em maio, esse número cresceu e eram já 700 pessoas que iam à cantina e padaria”.

Esta congregação está presente não só em Zaporíjia mas também em Lviv.

O carisma dos Albertinos é servir os pobres, especialmente os sem-abrigo, procurando ajudá-los a que possam “encontrar um novo sentido para as suas vidas”.

A Fundação AIS apoia esta congregação desde há vários anos através da atribuição de bolsas de estudo e ajuda na subsistência, mas também com a oferta de veículos para o trabalho assistencial e ainda na manutenção e reparação dos seus edifícios.

LFS

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