Ucrânia: Missão Dom Bosco recolhe donativos para Salesianos da Ucrânia e Polónia

Diretor da casa salesiana de Maria Auxiliadora, nos arredores de Kiev, regista procura por bens de primeira necessidade

Foto: Lusa/EPA

Lisboa, 02 mar 2022 (Ecclesia) – A ‘Missão D. Bosco – Fundo Solidário Salesiano’ está a fazer uma recolha-se de donativos para os Salesianos da Ucrânia e da Polónia que estão no terreno, indica um comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.

“A Missão D. Bosco é a plataforma de recolha de fundos da Fundação Salesianos para projetos e ações que visam criar respostas sociais para as crianças e jovens vulneráveis e suas famílias, em Portugal e no resto do mundo”, pode ler-se no site da instituição.

O padre Maksym Ryabukha, diretor da casa salesiana de Maria Auxiliadora, nos arredores de Kiev, regista “o medo” das pessoas que procuram bens “de primeira necessidade” em longas filas.

“Depois do toque de recolher de dois dias, hoje há filas intermináveis para se abastecer de géneros de primeira necessidade. As pessoas têm medo, mas resistem. Vi longas filas de pessoas tentando se reabastecer de qualquer género alimentício, porque não se sabe o que acontecerá nas próximas horas”, relata ao Vatican News.

O padre dá conta de que entre as 22h da noite e as 7h da manhã não se pode circular e que “não é certo que se encontre algo para comer”.

Nas ruas de Kiev, “tornadas fantasmagóricas pela fúria dos bombardeios”, o diretor da casa salesiana encontrou “centenas de pessoas que saíram na esperança de poder levar para casa um pão, um pouco de leite, algumas garrafas de água: o necessário para sobreviver escondidos nos porões, nos bunkers dos tempos da Guerra Fria, nos estacionamentos subterrâneos convertidos em esconderijos improvisados”, pode ler-se.

“Às 2h45, no centro da capital regional de Chernihiv, foi atingido um prédio de habitação popular: felizmente não houve vítimas. As situações mais difíceis, agora, estão em três áreas de Kiev: nas pequenas cidades a noroeste, na parte sul e na cidade de Kharkiv”, acrescenta.

Apesar do medo registado, o padre salesiano explica que nunca parou de celebrar a Missa, transmitida online e pelas redes sociais.

“Nunca deixamos de visitar as famílias, de estar perto dos refugiados. Cada sacerdote, nas próprias paróquias, procura gerir, como pode, uma ajuda concreta às pessoas”, recorda.

A Missão D. Bosco quer continuar a apoiar o trabalho “em prol das crianças e jovens que mais precisam”, quer em Portugal como nos países em desenvolvimento, prosseguindo a missão de “educar, formar, proteger e promover o seu crescimento saudável e integral através dos ensinamentos de São João Bosco, fundador da Congregação Salesiana, para que o seu futuro seja de esperança e de oportunidade de uma vida melhor”, acrescenta.

LS

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