UCP: Luís Miguel Cintra abriu Jornada de Teologia Prática

«As idades do crer» é o tema do encontro organizado pelo Instituto Universitário de Ciências Religiosas, em Lisboa

Mais de uma centena de pessoas participaram na abertura da 2.ª Jornada de Teologia Prática, dedicada ao tema “As idades do crer”, que decorre hoje na Universidade Católica (UCP), em Lisboa.

Para o vice-reitor da Universidade de São José de Macau, padre João Eleutério, o objecto da reflexão desta iniciativa consiste em “perceber como é que em diferentes idades e situações a experiência de acreditar tem especificidades e pontos de convergência”.

O encontro, organizado pelo Instituto Universitário de Ciências Religiosas, pertencente à Faculdade de Teologia da UCP, começou com a leitura dos três primeiros capítulos do livro bíblico do Eclesiastes, proferida pelo actor e encenador Luís Miguel Cintra.

O texto, escolhido para ser o fio condutor da jornada, é “uma meditação sobre o tempo que olha para Deus a partir do tempo humano, que nunca é igual”, afirmou o coordenador do Curso de Doutoramento em Teologia, padre José Tolentino Mendonça.

O biblista considerou que o Eclesiastes “é o livro mais existencialista da Bíblia”, e por isso o “mais atormentado”, possibilitando que o leitor sinta “o drama humano com uma latência extraordinária.”

“Mas é também – acrescentou – o livro mais pacificado, porque a cada dia parte à procura da sabedoria, à procura do que pode resgatar a experiência humana no tempo.”

Neste sentido, salientou o director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, “podemos entrever e esperar uma cintilação de eternidade” a partir deste texto do Antigo Testamento.

Referindo-se à leitura continuada de três capítulos do Eclesiastes, o padre Tolentino Mendonça realçou que quando escutamos os textos bíblicos “com uma voz sensível”, a audição “torna-se não apenas sonora e cultural, mas também teológica.”

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