UCP: Faculdade de Teologia inicia ano académico com olhar sobre «milagre» da solidariedade (c/fotos)

Projeção de documentário sobre trabalho das Irmãzinhas dos Pobres dominou sessão de abertura

Lisboa, 20 set 2019 (Ecclesia) – A Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP) promoveu hoje a sessão de abertura do novo ano académico, com a projeção do documentário ‘Um milagre todos os dias’, sobre o Lar das Irmãzinhas dos Pobres no Porto.

A obra de Henrique Manuel Pereira (Escola das Artes-UCP) foi projetada em Lisboa, numa sessão que contou com intervenções do realizador, de José Leitão (Centro de Reflexão Cristã) e de João Eleutério (FT-UCP), com a moderação de Alfredo Teixeira (FT-UCP).

Perante alunos e docentes da Faculdade de Teologia, que saudaram a exibição do filme com uma salva de palmas, Henrique Manuel Pereira sublinhou a importância do trabalho das religiosas e as questões levantadas sobre a “última estação da vida”, num filme feito com “objetivo de gratidão e de justiça”, para “preservar a memória”.

“Este filme nunca foi uma encomenda”, acrescentou.

José Leitão destacou, no seu comentário, a “importância dos gestos” que tornam presente a “ternura de Deus”, em particular para com os que sofrem, afirmando que anunciar o Evangelho é mais do que transmitir “verdades” pela palavra.

Já João Eleutério falou da importância de encontrar a “experiência cristã” onde ela não é óbvia, como no “extraordinário quotidiano”, defendendo que o trabalho das religiosas é uma “fonte de estudo” para a Teologia.

O filme aborda a vida do Lar das Irmãzinhas dos Pobres, na Rua do Pinheiro Manso – Porto.

“Todos os dias ali acontecem milagres ou, de outro modo, sinais do Infinito no tempo”, explica o realizador.

O professor da Escola de Artes apresenta mais de três dezenas de depoimentos de residentes e de funcionários, religiosas e voluntários, benfeitores e personalidades da cultura.

Aquando a Implantação da República, em 1910, graças à cumplicidade da cidade do Porto e arredores, as Irmãzinhas dos Pobres foram a única instituição religiosa a permanecer e continuar o seu serviço em favor das pessoas idosas mais desfavorecidas.

A Congregação das Irmãzinhas dos Pobres foi fundada por Santa Joana Jugan (França), e chegaram ao Porto em 1895, onde inauguraram a casa do Pinheiro Manso, em maio de 1900.

OC

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Agência ECCLESIA

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