UCP: Doença e tempo de austeridade ditaram um mandato «duro» à frente da Católica

Maria da Glória Garcia conclui o quarto ano como reitora da Universidade, sente-se «abençoada» pelo Papa e “tranquila em relação ao futuro”

Lisboa, 27 out 2016 (Ecclesia) – A reitora da Universidade Católica Portuguesa termina esta sexta-feira um mandato marcado pela “austeridade”, pela “luta” que lhe permitiu “voltar a andar” e depois de ter afirmado como prioritários os projetos de investigação e de internacionalização.

“Foram quatro anos muito duros, porque os tempos nacionais e internacionais não eram fáceis, sempre com notícias sempre pouco animadoras”, afirmou hoje Maria da Glória Garcia á Agência ECCLESIA, acrescentando que durante quatro anos "não houve aumento de vencimentos, nem de docentes nem de colaboradores".

Maria da Glória Garcia disse que as decisões tomadas eram necessários “para preparar o futuro” e para fazer da Universidade Católica Portuguesa, que tem uma “dimensão média” no quadro das instituições de ensino superior em Portugal, “uma das maiores do mundo".

“Existem projetos galvanizadores e estimulantes para futuro”, acrescentou.

O mandato de Maria da Glória Garcia como reitora da UCP, iniciado em outubro de 2012 e com a duração de quatro anos, ficou marcado pelo acidente que sofreu, em março de 2013, levando-a a um processo de recuperação da mobilidade.

“Eu amo a vida! Tenho uma fé muito grande! Sabia que, se lutasse, ia vencer. Uma coisa é certa: os médicos enganaram-se, eu estou de pé; diziam que eu não consegueria escrever e eu escrevo”, afirmou

Maria da Glória Garcia lembroiu o “grande amor à vida”, a “grande fé” e a luta pela recuperação da saúde, de que nunca desistiu.

“Deus não resolve tudo, nós temos de ajudar. Eu senti que tinha de ajudar Deus, se Ele me queria ajudar”, sublinhou.

Maria da Glória Garcia recorda que teve o acidente na altura em que o Papa Francisco foi eleito, em 2013, referindo que se agarrou “muito à imagem dele”.

“Quando recentemente pude estar pessoalmente com o Papa Francisco, mencionei-lhe isso, que o meu processo de cura, de evolução da minha doença tinha passado muito por uma força que ele me tinha dado. É uma pessoa muito inspiradora”, afirmou.

“Sinto-me abençoada”, concluiu Maria da Glória Garcia, que termina esta sexta-feira o mandato como reitora da Universidade Católica Portuguesa.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, Maria da Glória Garcia recorda o mandato como reitora da Universidade Católica Portuguesa, os projetos de internacionalização e de investigação que marcaram as suas apostas e diz o facto da reitoria ser assumida pela professora Isabel Capeloa GIl torna este momento "extraordinariamente fácil".

"Sei que os projetos que estão em marcha vão ter com ela um brilho e uma condução superior", sustentou.

PR

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