Turismo/Pandemia: Igreja Católica em Portugal tem «preocupação» com manutenção e criação de empregos

«Se criamos estruturas de promoção turística, estamos a dar trabalho, emprego e dinheiro às famílias» – Padre Miguel Neto

Foto: Folha do Domingo

Faro, 17 jan 2022 (Ecclesia) – O diretor da Obra Nacional da Pastoral do Turismo (ONPT), da Conferência Episcopal Portuguesa, destacou a preocupação com a “manutenção e criação de postos de trabalho”, no setor.

“Se criamos estruturas de promoção turística, estamos a dar trabalho, emprego e dinheiro às famílias. Os primeiros a usufruir da riqueza gerada são aqueles que estão ali ao lado. Isso é a ‘Economia de Francisco’”, disse o padre Miguel Neto, numa intervenção divulgada pelo jornal ‘Folha do Domingo’.

O sacerdote falava a convite do núcleo da ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores), na Diocese do Algarve, que realizou esta sexta-feira a mesa-redonda “Uma Realidade que Transforma com contributos para o futuro de Portugal na área do turismo à luz da ‘Economia de Francisco’”, com transmissão online.

O coordenador deste núcleo, Paulo Lopes, explicou que pretendiam refletir sobre o atual “ecossistema empresarial” que vive “numa procura de respostas, mas também de corresponsabilização, relativamente às mudanças” que são necessárias realizar na indústria do turismo.

Para o padre Miguel Neto, “chegou o momento” de colocar a identidade cristã também ao serviço daquilo que é a realidade turística e destacou a importância de colocar o património da Igreja “ao serviço dos outros”.

Segundo o sacerdote da Diocese do Algarve, a Igreja pode ter o património- mas “não tem o ‘know-how’ para preservá-lo” e precisa do apoio das entidades que “podem ajudar a Igreja a promover aquilo que tem com vista à criação de emprego e à promoção turística”.

Já o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA) salientou que este setor “é conhecido como a indústria da Paz” e contribui para uma “economia mais inclusiva”.

“Todo aquele que deixamos para trás é uma oportunidade perdida, não só de sermos solidários que é o nosso dever, mas também de aproveitar o potencial que essa pessoa tem para contribuir para toda uma sociedade”, realçou João Fernandes.

O jornal ‘Folha do Domingo’, da Diocese do Algarve, adianta que este encontro, promovido pela ACEGE, decorreu no âmbito de um ciclo de conferências que decorrem até ao congresso nacional da associação, em abril.

CB/OC

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