Turismo altera hábitos em Cabo Verde

No VII Encontro das Igrejas Lusófonas, o Bispo de Mindelo mostrou a realidade eclesial daquele país. A Igreja de Cabo Verde aposta em três grandes áreas: formação; infra-estruturas e logística. D. Arlindo Gomes Furtado, bispo de Mindelo, diocese que abarca 5 ilhas daquele arquipélago, sublinhou, no VII Encontro das Igrejas Lusófonas, a decorrer em Fátima, que é fundamental apostar na “sensibilização/formação vocacional e a sua sustentação, tendo em conta que na sua maioria, os seminaristas estudam fora de Cabo Verde”. A Igreja deste país lusófono luta ainda com a falta de meios de apoio e de infra-estruturas que suportem a actividade pastoral, nomeadamente, a “reconstrução de igrejas e estruturas de apoio às actividades sociais” – referiu. E acrescenta: “na área da logística sentimos falta de meios de acção, tão simples como os meios de transporte”. No âmbito da inserção da Igreja na Sociedade “é preocupante a emergência de tantos grupos religiosos ligados a seitas, sediados em bairros pobres” – disse o bispo de Mindelo. Por outro lado – salienta D. Arlindo Furtado – “preocupa-nos a situação dos jovens que têm baixas perspectivas de emprego e pouca formação de base”. Associada a este factor de instabilidade social nota-se a “emergência rápida do turismo e o consequente confronto das pessoas com outros níveis de vida”. Às mulheres são exigidas “condições indevidas de trabalho”. Estes factores “desequilibram e desorganizam a sociedade e o trabalho pastoral. Estamos muito virados para a emigração e temos de estar abertos as novidades” – sublinhou o prelado de Cabo Verde.

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