A televisão do Papa

As emissões do Centro Televisivo Vaticano Desde 1983, o Vaticano dispõe de um serviço de televisão para captar as imagens das celebrações públicas do Papa e a actividade diária em audiências, diferentes reuniões e as actividades dos dicastérios da Cúria Romana. Trata-se do Centro Televisivo Vaticano (CTV), um serviço criado pelo Papa João Paulo II. Este Centro foi apresentado no Congresso de Televisões Católicas pelo seu director, Pe. Federico Lombardi, que referiu a necessidade de existir sintonia entre o CTV e as várias televisões porque “temos necessidade uns dos outros”. O CTV não é uma estação de televisão, não emite para o grande público. Antes passa o sinal do que capta no Vaticano para as televisões de todo o mundo. Em cada ano, são 180 as transmissões directas realizadas pelo CTV (angelus, audiência-geral, celebrações no Vaticano). Destas, cerca de 10 são feiras em co-produção com a RAI, envolvendo um maior número de meios de captação. Para além das captações para os directos, o CTV filma todas as audiências e actividades do Papa e o que acontece de mais significativo no Vaticano e nos seus dicastérios, que pode passar a quem o solicite. Tudo permanece em arquivo (são já 15 mil as cassetes que guardam as imagens do que se passa no Vaticano, desde 1983) O CTV produz ainda documentários sobre temas relacionados com o Vaticano e, semanalmente, um magazine de actualidade (“Octava Dies”) sobre o que acontece na Santa Sé, que estão também à disposição das televisões. As imagens das viagens do Papa, captadas pelas estações de televisões locais, são enviadas, por acordo, para o CTV que as reenvia, gratuitamente, para as televisões católicas. Para fazer chegar os seus conteúdos a todo o mundo, o CTV utiliza sobretudo o satélite, nomeadamente as emissões do canal Telepace (de Roma) e outras televisões católicas por satélite. Através deles emite todos os directos do Vaticano e o magazine “Octava Dies”. O Director do CTV comunicou ao Congresso que a transmissão destes directos requer autorização por parte do CTV, que faz acordos específicos com cada televisão, seja em ordem à transmissão dos directos, como da sua preparação (através do envio, com embargo, dos guiões ou textos de intervenções do Papa). São também esses acordos que definem o contributo que cada televisão pode dar ao CTV. No entanto, o Pe. Lombardi garantiu que não serão as questões económicas a impedir as televisões católicas de transmitir as “imagens do Papa”. Embora sendo as televisões católicas as que mais fazem uso das produções do CTV, ele trabalha para todas as televisões. A todas faculta as imagens em directo ou as que estão em arquivo e forem solicitadas.

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