Trabalho: Atraso nos pagamentos das empresas leva ao despedimento de 14 mil trabalhadores por ano

ACEGE apresenta estudo sobre a importância das empresas pagarem a horas entre si

Lisboa, 29 out 2013 (Ecclesia) – A Associação Cristã de Empresários e Gestores apresenta esta quarta-feira, em Lisboa, a iniciativa “Pagar a horas: Fazer Portugal crescer”, baseada num estudo sobre o incumprimento nos prazos de pagamentos das empresas.

“A distribuição de emprego que resulta do facto das empresas não pagarem a horas umas às outras é frágil, um estudo do professor Augusto Mateus conclui que 14 mil postos de trabalho são perdidos por ano devido a isso” revelou à agência ECCLESIA após o último almoço/debate da ACEGE, António Pinto Leite,

A iniciativa “Pagar a horas: Fazer Portugal” que a ACEGE apresenta em parceria com várias entidades pretende chamar a atenção às empresas portuguesas para a importância de cumprir os prazos de pagamento, dado que estas “ganharam o péssimo hábito, inspirados pelo Estado se calhar, de não pagar a horas entre si, nós temos de pagar a 30 dias, no máximo a 60 dias”, reitera António Pinto Leite.

Cumprir estes prazos torna-se ainda mais imperativo em tempos de crise, cabe aos empresários ter uma responsabilidade social e ter “consciência de que há pessoas a sofrer do outro lado da rua e temos de estar atentos a elas”.

Para o presidente da ACEGE também o futuro deve estar no centro das preocupações dos empresários portugueses a fim de “deixarem um país sustentável no plano ambiental, no plano das contas públicas, da organização social e do estado social, para as gerações futuras”.

Os empresários portugueses devem “procurar tornar sustentáveis as suas organizações e isso foi um trabalho muito difícil de fazer nos últimos anos porque as adversidades foram muitas, mas em grande medida isso está feito”, revela António Pinto Leite em declarações à agência ECCLESIA.

O caminho para essa sustentabilidade passa pela internacionalização uma vez que “ou nos internacionalizamos ou continuamos pobres, é um trabalho que em grande medida está a ser feito com muito sucesso”, garante o responsável pelos empresários católicos.

O despedimento de efetivos empresariais é a grande preocupação da ACEGE que neste momento estima que estejam “800 mil pessoas desempregadas no setor privado”, uma situação que para ser revertida é necessário que o “despedimento seja utilizado como último recurso, mesmo que isso implique alguma margem de ineficiência ou perda de oportunidade”, alerta António Pinto Leite.

A apresentação da iniciativa “Pagar a horas: fazer Portugal crescer” terá lugar esta quarta-feira, pelas 9:30 no auditório João Morais Leitão na Rua Castilho, em Lisboa e contará com intervenções dos presidentes da CIP, IAPMEI e ACEGE e dos bastonários das ordens dos Engenheiros, Economistas, ROC e TOC.

MD/LFS

 

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