Torneio de Futsal mostrou face diferente dos padres

Treinador e capitão nacionais falam no sucesso organizativo e mediático da iniciativa acolhida por Portugal Depois do encerramento do IV Torneio Europeu de Futsal para Padres realizado em Portugal, a Agência ECCLESIA falou com o treinador da selecção portuguesa, José Vasconcelos, que referiu a experiência positiva deste torneio. “Foi muito gratificante e sai mais enriquecido”. Com este torneio, José Vasconcelos chegou à conclusão “que as reacções são muito idênticas ao que eu encontro durante o ano na equipa (Alpendorada) que treino”. A jogar em casa (Famalicão e Marco de Canavezes), Portugal terminou o torneio no segundo lugar mas considera que “foi um êxito”. A selecção dos padres portugueses perdeu na final com a congénere polaca por dois a zero. “Faltou alguma força física terminarmos em primeiro lugar” – frisou o timoneiro da selecção. Numa linguagem tipicamente futebolística, José Vasconcelos aponta “a estrelinha do jogo” por parte do adversário português. “Inclusive falhámos dois penalties” – realçou. Num espaço de 40 por 20 metros (tamanho do ringue), a selecção portuguesa mostrou “o melhor futsal”. Os padres portugueses “trabalharam imenso” para conseguirem o melhor resultado possível. Após um encontro com os capitães das selecções presentes, o capitão da selecção, o Pe. Marco Gil, da diocese de Braga, disse à Agência ECCLESIA que os intervenientes “mostraram-se muito satisfeitos com a organização”. Este torneio “fica na memória dos presentes”. Para além da bola que rolou no ringue “há outros valores que falam mais altos” – referiu. Com treinos semanais, a equipa portuguesa tinha a lição estudada. “Os meus jogadores interpretaram da melhor forma o que estavam combinado”. A comunicação social – não só a desportiva – acompanhou o evento e o público incentivou os padres equipados com o emblema das quinas. “Espero que a Igreja consiga aproveitar estas iniciativas e retirar as coisas positivas” – sublinhou o seleccionador. Muitos dos apoiantes – alguns equipados com o vermelho e verde da selecção – estimulavam os futebolistas portugueses. “Penso que muitos retiraram da cabeça aquela ideia do padre que só celebra missa”. A igreja deve “dar um empurrão” a estas iniciativas. E adianta: “seria muito proveitoso”. Para além dos momentos de convívio, “todos queriam ganhar o torneio” – disse o Pe. Marco Gil. Os padres levavam para dentro do campo “a garra e o querer”. Mesmo com as centenas de pessoas a «puxarem» pelos padres lusitanos, o capitão da selecção falhou dois penalties. “Não me senti o vilão do jogo” – afirmou. Com jogadores de várias idades, o treinador dos portugueses viu no torneio “padres com muita qualidade futebolística”. E acrescenta: “faltava frescura física, mas o talento está lá”. Tecnicamente, a equipa da Croácia “era a mais evoluída” – disse José Vasconcelos. O torneio teve a duração de três dias. A meio da prova (quarta feira), a centena e meia de padres deslocou-se ao santuário de Fátima. Os padres de leste “já tinham ouvido falar muito de Fátima e pediram-nos que os levássemos lá” – contou o capitão. E acrescenta: “ficaram deslumbrados com Fátima e com o Bom Jesus”. Apesar de ser treinador de Futsal do Alpendorada – equipa da 1ª divisão – José Vasconcelos esteve sempre com a equipa das quinas. “Só não fui a Fátima porque tenho a minha profissão”. Os padres das várias selecções ficaram hospedados no mesmo local e “andávamos sempre juntos” – frisa o Pe. Marco Gil. Os padres portugueses não necessitavam de incentivos nem de gritos motivadores. “Existia uma grande união e vontade para ganhar” – finalizou o comandante da selecção. A próxima edição desta iniciativa será na Hungria, na semana que antecede a Quaresma. Notícias relacionadas • Padres de Portugal em 2.º • Padres portugueses imbatíveis • Padres portugueses rumo ao pódio

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