O Estado de Timor-Leste e o Vaticano vão iniciar, a partir de Outubro, negociações para o estabelecimento da Concordata, anunciou ontem, em Braga, o Presidente da República timorense. José Ramos Horta adiantou que o diálogo com a Santa Sé será intermediado pela Embaixada de Timor-Leste em Roma, instalada na capital italiana há dois anos. O chefe de Estado timorense deixou esta indicação no decorrer de uma conferência, no salão nobre da Reitoria da Universidade do Minho, subordinada ao tema “A Paz e os Direitos Humanos”. Nesta sua primeira visita a Portugal após o atentado que sofreu em Fevereiro deste ano, Ramos Horta manifestou- se optimista em relação ao futuro do seu País, asseverando que a actual situação político-social “está pacífica” e há respeito pelos direitos humanos. “A este respeito, Timor Leste é um modelo. Somos um dos poucos países do mundo que ratificou todos os convénios internacionais sobre direitos humanos. Nas nossas prisões não há tortura, não há prisão arbitrária, as prisões estão abertas às Nações Unidas e Cruz Vermelha Internacional, o tratamento dos presos é exemplar”, assinalou.