Mais padres com várias paróquias em Braga

D. Jorge Ortiga admite que é preciso assumir uma nova situação: «os Párocos estarão cada vez menos presentes» Há cada vez mais padres com quatro e cinco paróquias na Arquidiocese de Braga, de acordo com o Movimento Eclesiástico que o Diário do Minho publica esta Quinta-feira. O Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, admite a falta de padres e afirma que “se desejamos enfrentar o futuro com esperança e sem grandes incómodos, teremos de nos converter a esta nova situação: os Párocos estarão cada vez menos presentes”. “Por isso, Bispos, Padres e Leigos, teremos de ser inovadores e, sem saudosismos de um passado que não volta, arriscar por novos e desafiantes caminhos pastorais que só podem ser rasgados se tivermos uma nova postura eclesial. Esta nova postura implica mais informação e formação permanente de todos numa capacidade dinâmica de confiar e partilhar as responsabilidades pastorais com os membros do Povo de Deus”, escreve. O Arcebispo de Braga lembra que “este ano só houve uma ordenação Presbiteral”, pelo que “para prover de pároco algumas das 551 paróquias da Arquidiocese, tivemos de recorrer a Sacerdotes de outros Arciprestados, onde estavam a exercer o seu Ministério”. “Isto, para além de ser custoso para nós, para os Párocos a quem batemos à porta e para as Comunidades que os vêem mudar, fez com que alguns párocos – os vizinhos – tivessem de ficar com quatro e cinco paróquias”, revela o prelado. D. Jorge Ortiga assinala que esta nova realidade está a exigir que os Arciprestados, ou Zonas Pastorais, se vão reorganizando cada vez mais “para que, no futuro, ainda possam contar com menos Sacerdotes”. Neste contexto, agradece “a disponibilidade dos Párocos contactados bem como a compreensão e maturidade cristãs do Povo de Deus a quem serviam, que terá de mudar hábitos e talvez algumas comodidades para se adaptar à nova situação que agora se lhe apresenta”. “Há necessidade de suscitar nas comunidades a oração constante pela Evangelização séria e competente, e de promover também aquela cultura vocacional que faça surgir vocações ao Ministério Ordenado, à Vida Consagrada (Religiosa e Laical) e à vida Missionária e, a par, que faça também surgir bons servidores e colaboradores leigos para a Comunidade paroquial e para a diversidade dos sectores pastorais dos Arciprestados e Arquidiocese”, assinala o Arcebispo de Braga. Para este responsável, “toda a Comunidade, de uma forma ou de outra, deve ser envolvida nesta tarefa da Evangelização, sentindo-se corresponsável pela dinamização da mesma”.

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