«Terras sem Sombra»: Diretor artístico ressalta característica musical aliada à biodiversidade

Organização vai realizar concerto anteprima de «Cante Alentejano» no círculo das Bellas Artes de Madrid

Lisboa, 19 nov 2015 (Ecclesia) – O diretor artístico do Festival Terras Sem Sombra considera que as “grandes características” deste evento são a oferta de “músicas de todas as épocas”, desde a Idade Média ao século XXI, que se completam com ações de biodiversidade.

“Quem vem aos concertos pode fazer a sua história da música e complementar os concertos com as ações de biodiversidade adquirindo uma cultura natural comprometida com a terra, com a paisagem que introduz elementos de paixão no festival que só com a música não seria tão completo”, comentou Juan Ángel Vela del Campo à Agência ECCLESIA.

O responsável explicou que se mantém uma “política de diálogos musicais e culturais” e em 2016 vai haver um núcleo central de três concertos ligados à música do Brasil que inclui, por exemplo, “uma ópera para crianças de Manaus” pela primeira vez na Europa.

‘Torna-Viagem. O Brasil, a África e a Europa (Da Idade Média ao Século XXI)’ é o tema da iniciativa que começa na Igreja Matriz de Santo Ildefonso, em Almodôvar, a 27 de fevereiro de 2016, e termina com a entrega do Prémio Internacional “Terras Sem Sombra”, a 2 de julho, em Sines às 18h30.

A próxima edição do Terras Sem Sombra foi apresentada esta quarta-feira em Lisboa.

O crítico de música espanhol indica que as “viagens imaginárias” se expandem pelo mundo, depois de em 2015 se terem “centrado no Mediterrâneo”.

Concretizando estas viagens no programa, Juan Ángel Vela del Campo destaca o concerto de abertura da 12.ª edição do Terras Sem Sombra com o grupo português ‘Divino Sospiro’, “com músicas portuguesas, espanholas e em inglês”.

O diretor artístico deu ainda relevo ao espetáculo em Castro Verde onde numa parte do cenário está um trio de precursão africano e noutro, um piano, complementa “as canções com os ritmos originais” e aos espanhóis “La Grande Chapelle”, “com obras portuguesas ou nascidas em Portugal, dirigidos por Albert Recasens.

No contexto de divulgação do festival da Diocese de Beja e do baixo Alentejo, Juan Ángel Vela del Campo revela vão realizar um terceiro espetáculo desta vez de ‘Cante Alentejano’ no círculo de Bellas artes de Madrid, “o mais emblemático e carismático” da capital espanhola, em fevereiro de 2016, em data a anunciar pela organização, antes de começar o certame no dia 27.

“Para que se conheça esse canto de tanta personalidade, Património Imaterial da Humanidade, como o Flamengo, mas que em Espanha não é conhecido à altura dos méritos que tem”, explicou o diretor artístico.

O crítico de música considera “fundamental” Portugal e Espanha sentirem-se cada vez mais próximos com “sentimentos de diálogo a funcionar tanto a cabeça como o coração”.

O Festival Terras Sem Sombra vai passar também por Sines (12 de março); Santiago do Cacém (2 de abril); Ourique (16 de abril); Odemira (7 de maio); Serpa (21 de maio); Castro Verde (4 de junho) e Beja (18 de junho), sempre a partir das 21h30, e as ações de biodiversidade, “um dos pontos que dá maior personalidade”, no dia seguinte, começam às 10h00.

“Está a conectar um elemento culto e sensível com um elemento mais popular, mais de sobrevivência, do dia-a-dia, em manter o meio ambiente nas melhores condições possíveis”, analisa Juan Ángel Vela del Campo.

O Terras Sem Sombra nasceu por iniciativa do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja em 2003.

CB/OC

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