Terra Santa: Responsáveis religiosos alertam que cristãos são «alvo de ataques frequentes»

Bispos pedem mais garantias de proteção às autoridades e uma «zona especial» no Bairro Cristão da Cidade Velha de Jerusalém

Lisboa, 12 jan 2022 (Ecclesia) – Os patriarcas e chefes das Igrejas locais na Terra Santa alertaram que a presença cristã está ameaçada pela “tentativa sistemática” de expulsão, com origem em grupos radicais, denuncia a Fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

“Em toda a Terra Santa, os Cristãos tornaram-se alvo de ataques frequentes e sustentados por grupos radicais”, referem os responsáveis religiosos.

O texto dá conta de “inúmeros incidentes e agressões físicas e verbais” contra padres e outros membros do clero, ataques a Igrejas Cristãs, “com sítios sagrados regularmente vandalizados e profanados”, e uma intimidação contínua aos cristãos locais, que “simplesmente procuram prestar culto livremente e seguir o seu quotidiano”.

Estes ataques, registados desde 2012, estão a ser usadas por “grupos radicais” numa “tentativa sistemática de expulsar” a comunidade Cristã de Jerusalém e de outras partes da Terra Santa.

Os patriarcas e chefes das Igrejas locais reconhecem, “com gratidão”, o empenho do governo de Israel em acautelar a segurança dos cristãos, mas assinalam também o fracasso das medidas em relação aos ataques.

“É, portanto, uma questão de grande preocupação quando este compromisso nacional é traído pelo fracasso de políticos, funcionários e agências locais na aplicação da lei para conter as atividades de grupos radicais que regularmente intimidam cristãos locais, atacam padres e clero, e profanam sítios sagrados e propriedades da Igreja”, desenvolvem.

Neste contexto, os responsáveis religiosos apelam às autoridades para garantirem que “nenhum” cidadão ou instituição tenha de “viver sob ameaça de violência ou intimidação”.

A posição, enviada hoje à Agência ECCLESIA pelo secretariado português da AIS, propõe também a criação de “uma zona especial” para salvaguardar a integridade do Bairro Cristão da Cidade Velha de Jerusalém, que também garantiria a preservação do património cristão da cidade.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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