Terra Santa: Coleta anual recolhe donativos para cristãos da Síria e Turquia

Custódia Franciscana alerta para dificuldades em manter presençã cristã em locais marcados pela guerra e pela destruição

Foto Fundação AIS

Cidade do Vaticano, 25 mar 2023 (Ecclesia) – O prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais assinou uma carta onde pede que a coleta de Sexta-feira Santa seja endereçada à custódia da Terra Santa que, irá custodiar os cristãos na Síria e Turquia, vítimas do terramoto.

“Precisamente enquanto a humanidade estava a despertar lentamente das consequências da pandemia, assistimos há poucas semanas, às profundas perturbações provocadas pelo terrível terramoto. Este foi sentido também em Jerusalém, mas provocou danos e semeou um número altíssimo de mortos na Síria e no sul da Turquia”, escreve o arcebispo D. Claudio Gugerotti, na carta publicada pela Santa de Imprensa da Santa Sé.

O prefeito do dicastério lembra “os 12 anos de guerra na Síria”, acrescida agora da “devastação provocada pelos edifícios que caíram por causa das ondas sísmicas”, e que motivou “um novo êxodo das suas casas, desta vez não por causa do risco das bombas mas porque também a casa, lugar dos afetos mais queridos, o refúgio da própria família, vacilou e arrisca-se a tornar-se numa tumba de morte”.

“Somos convidados a reconhecer a dor de tantos dos nossos irmãos e irmãs que viram igualmente destroçados os corpos dos seus entes queridos sob as ruínas ou atingidos pelas bombas e a percorrer com eles, mãos nas mãos, a estrada da Cruz, sabendo que cada sepulcro, como o da Basílica da Anástases, na Cidade Santa, não é a última palavra sobre a vida do homem de cada tempo”, acrescenta.

O responsável indica a presença dos “Irmãos da Custódia da Terra Santa” na manutenção dos santuários, mas também na ajuda à “vida das comunidades cristãs”.

“Muitas casas dos religiosos e religiosas Franciscanas e de outras ordens e congregações, na Síria como na Turquia, nestas semanas tornaram-se tendas e proteção para os desalojados, mas em geral em toda a Terra Santa permanecem fontes de esperança através do cuidado dos mais pequenos, da formação académica, do acompanhamento das mães em dificuldade, do inclinar-se sobre os idosos e os doentes, além da oferta através de projetos, de alojamento para as novas famílias e criação de postos de trabalho, para que valha a pena continuar a permanecer nos Lugares da Salvação”, pode ler-se.

O Prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais recorda o convite do Papa Francisco para “reavivar a permanência solidária com a comunidade cristã da Terra Santa”.

“O gesto material da oferta, que ele nos recorda, seja acompanhado antes de mais por uma palavra que faça descobrir o sentido de manter viva a memória das origens”, suscita.

LS

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