Terra Santa: Coleta de Sexta-feira Santa ajuda comunidades cristãs em risco de desaparecer (c/vídeo)

«O importante é que esta ajuda chegue a estas comunidades, a maioria não tem outra forma de subsistência» – padre João Lourenço

Lisboa, 31 mar 2021 (Ecclesia) – O Comissariado da Terra Santa em Portugal apela à solidariedade das comunidades católicas na Coleta de Sexta-feira Santa, que visa apoiar pessoas “sem outra forma de subsistência” na região onde Jesus nasceu.

“O importante é que esta ajuda chegue a estas comunidades, a maioria não tem outra forma de subsistência. Os Franciscanos vivem da ajuda internacional, através das intenções de Eucaristias, das ofertas que são dadas generosamente ou então através desta oferta de sexta-feira”, disse hoje o padre João Lourenço em entrevista ao Programa Ecclesia, emitido hoje na RTP 2.

O religioso franciscano assinala, que por causa da pandemia de Covid-19, este serviço na Terra Santa “está profundamente afetado”, há que os recursos são exíguos e, há mais de um ano, que não há  visitas de muitos países de onde eram provenientes peregrinos, que contribuíam “generosamente”.

Os territórios que beneficiam desta Coleta de Sexta-feira Santa são Jerusalém, Palestina, Israel, Jordânia, Chipre, Síria, Líbano, Egito, Etiópia, Eritreia, Turquia, Irão e Iraque.

O padre João Lourenço recorda também que o apoio às comunidades cristãs está “muito fragilizado” por falta de recursos e pelas “limitações de caráter político, as convulsões sociais, as guerras internas”, nalguns destes países.

Segundo o sacerdote, o serviço dos Franciscanos nos lugares santos começa pelo “cuidar das comunidades cristãs residentes”, principalmente de matriz católica e rito latino, e várias Igrejas Orientais também estão “irmanadas” nesta mesma tarefa nos territórios onde são “uma minoria”.

Um segundo aspeto é “preservar geograficamente, arquitetonicamente”, os lugares que trazem a memória a presença de Jesus e dos apóstolos, como a de São Paulo na Síria.

“Esta tarefa está associada ao acolhimento dos peregrinos, de visitantes, que possam visitar os lugares da Terra Santa”, explicou o especialista em estudos bíblicos.

O padre João Lourenço assinala ainda uma “grande tarefa cultural”, ou seja, preservar a cultura cristã e a Custódia da Terra Santa promove diversas atividades, como uma academia científica sobre Ciências Bíblicas, pesquisa arqueológica, escolas, preparação de jovens candidatos à vida religiosa e sacerdotal, um instituto de música, apoio à 3 idade.

A Santa Sé informa que, em 2020, por causa da pandemia, foi criado um fundo de emergência, de mais de meio milhão de dólares, para ajudar “os mais pobres” da região, financiando 303 projetos em 24 países sob a competência da Congregação para as Igrejas Orientais.

PR/CB

 

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