Taizé: Lisboa homenageou vida do irmão Roger

Participantes em vigília de oração recordaram força e carisma do fundador da comunidade ecuménica

Lisboa, 13 mai 2015 (Ecclesia) – O Convento de São Domingos de Benfica, em Lisboa, acolheu esta terça-feira centenas de pessoas para uma vigília de oração em memória do irmão Roger, fundador da Comunidade de Taizé, que neste completaria 100 anos.

Rui Aleixo, um dos promotores da iniciativa, explica à Agência ECCLESIA que este foi um “reconhecimento” ao irmão Roger, que tocou a vida de “tantos jovens portugueses”.

Acolhendo o convite da comunidade ecuménica sediada em França, os participantes foram convidados a deixar um donativo económico, entregue à Cáritas de Lisboa.

Para Rui Aleixo, que viveu em Taizé durante “alguns anos”, esta comunidade tem uma espiritualidade muito própria, com sensibilidade ao ecumenismo e à contemplação, e o irmão Roger era um “espírito desinstalado”, com uma “energia muito jovem”.

O jornalista António Marujo, colaborador do blogue ‘religionline’, contactou com a realidade de Taizé aos 18 anos e ficou desde logo marcado pela “beleza da oração”, o acolhimento e a “experiência ecuménica” de uma comunidade que acolhe monges de várias Igrejas cristãs.

“O irmão Roger soube reconciliar em si as suas origens protestantes com as grandes correntes da tradição cristã”, refere à Agência ECCLESIA.

O especialista em assuntos religiosos, que entrevistou o fundador da Comunidade de Taizé, fala ainda “num dos grandes místicos” do século XX, que soube transmitir “a grande herança do cristianismo” ao mundo contemporâneo, sendo capaz de “falar com o olhar”.

Taizé é vista como uma “espécie de laboratório” daquilo que pode ser o Cristianismo do futuro, “despojado, solidário com os mais pobres, com uma experiência comunitária muito forte”.

Pedro Miranda esteve pela primeira vez em Taizé no verão de 1994 e ficou desde logo impressionado pela “maneira de ser” do irmão Roger, “um pastor” com um grande amor pelas pessoas.

Após este primeiro encontro, decidiu passar mais de um ano na comunidade ecuménica, junto dos irmãos, ao serviço das milhares de pessoas que passam pela localidade francesa.

As marcas permanecem e “todos os anos” há um regresso a Taizé, que este ano celebra em agosto o 75.º aniversário de fundação.

Diana Trincão visitou a comunidade há 20 anos, pela primeira vez, e vários foram os regressos para “recarregar baterias”, conseguindo “parar” e ir ao encontro dos outros e de Deus.

Do irmão Roger recorda “a imensidão” de uma “pessoa muito grande na sua simplicidade”.

O Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa promove, de 8 a 17 de agosto, uma peregrinação de jovens a Taizé, para celebrar os 75 anos desta comunidade ecuménica, os 100 anos do nascimento do fundador, Irmão Roger, e o 10º aniversário da sua morte.

A peregrinação vai ser acompanhada pelo cardeal-patriarca, D. Manuel Clemente.

PR/OC

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