Taizé: intensidade dos dias em oração

Relatos de uma semana na comunidade ecuménica de Taizé pela reportagem da Agência ECCLESIA.

A reportagem da Agência ECCLESIA está ao longo desta semana, e até Domingo, a acompanhar um grupo de jovens e adultos na comunidade ecuménica de Taizé.

Divididos por grupos etários, a proposta de reflexão bíblica, a partilha e o trabalho feito, é específico para cada pessoa. Tudo funciona, tudo está organizado, mas há sempre um lugar à espera para ser ocupado.

Concebido para ser uma experiência pós crisma, a maioria dos jovens da paróquia de Regueira de Pontes, da diocese de Leiria-Fátima, que a Agência ECCLESIA acompanha, integram os grupos dos 15 e 16 anos, na comunidade de Taizé.

Alguns elementos do grupo missionário Ondjoyetu, estão incluídos no grupo de jovens, divididos, depois, por sub-grupos para reflexão bíblica e partilha, e demais tarefas diárias.

Três senhoras da paróquia de Regueira de Pontes estão também a viver a semana em retiro de silêncio.

Serviço, sorrisos e oração
Em Taizé limpar o chão é feito com um sorriso e acompanhado por canções. Carregar a comida que chega diariamente para alimentar as quase 4 mil pessoas que esta semana vivem na comunidade, não é um peso. Brincar com as crianças enquanto os pais partilham com outras famílias as suas dificuldades e alegrias, não é uma perda de tempo. Limpar as casas de banho é normal. “Os jovens gostam de participar. Se lhes dermos tarefas e se os incluirmos, eles vêm naturalmente”, explica o Irmão David, religioso português na comunidade de Taizé.[[i,e,445,Lavagem de loiça – equipa de trabalho]]

Em Taizé dar as refeições diariamente é uma alegria. Distribuir os pratos, a única colher com que se come tudo, o pão, ou as toalhas para no final da refeição limpar as mãos, é um momento de contacto onde se trocam cumprimentos nas várias línguas maternas que se juntam. Estar na fila sob um sol escaldante para receber a refeição é saber que daí a poucos minutos, novos jovens se vão cruzar e deles se vai, com certeza, receber um sorriso.

Em Taizé não é preciso chegar a meio das orações para a igreja da Reconciliação estar cheia. Antes mesmo de os sinos tocarem, antes mesmo de os irmãos da comunidade se sentarem nos seus lugares habituais, já os jovens ladeiam a zona reservada aos religiosos, já as crianças aguardam a chegada do Irmão Alois, já se desfolham os livros de cânticos à procura do cântico que ficou na cabeça.

Estar em Taizé é sentir o tempo passar rapidamente sabendo apenas que o que marca os dias e as pessoas, são as três orações diárias.

Estar em Taizé é deixar o olhar seguir o horizonte, os olhos perderem-se nos diferentes verdes, e o espírito repousar na oração.

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