Vaga de ataques suicidas contra igrejas e hotéis fizeram 290 mortos no dia de Páscoa
Cidade do Vaticano, 22 abr 2019 (Ecclesia) – O Papa renovou hoje no Vaticano a sua condenação à vaga de atentados suicidas contra igrejas e hotéis, que provocaram 290 mortes no Sri Lanka, neste domingo de Páscoa.
“Espero que todos condenem estes atos terroristas, atos desumanos, que nunca se podem justificar”, disse Francisco, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ‘Regina Coeli’.
Na tradicional “segunda-feira do Anjo”, dia feriado no Vaticano, o pontífice deixou uma mensagem de solidariedade ao cardeal e a toda a Arquidiocese de Colombo, manifestando a sua “proximidade espiritual e paterna ao povo do Sri Lanka”.
“Rezo pelos mortos e feridos e peço a todos que não deixem de oferecer a esta querida nação a ajuda de que precisar”, referiu, antes de recitar uma Avé-Maria com os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.
Oito explosões mataram, pelo menos, 290 pessoas, entre as quais um português residente em Viseu, e provocaram 500 feridos.
Para o bispo de Chilaw, D. Devsritha Valence Mendis, é difícil compreender a onda de violência que sacudiu o país, falando mesmo em “crime contra a humanidade”.
Em declarações à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) Portugal pouco depois dos atentados, o responsável explicou que “todo o país está em estado de choque e surpreendido por este ataque brutal contra pessoas inocentes”.
“É algo que não se consegue compreender ou explicar. É violência pura. É uma tragédia”, assinalou.
As igrejas atingidas -a de Sião de Batticaloa, a de Santo António de Kochchikade, visitada todos os anos por milhares de pessoas, e a de São Sebastião de Negombo – estavam cheias de fiéis que assinalavam o Domingo de Ressurreição.
Por causa dos ataques, “as igrejas suspenderam os serviços litúrgicos”, havendo em todo o país “um estado geral de alerta”, sendo necessário cuidar da segurança das populações.
“Tem-se pedido às pessoas para dispersarem para não estarem em grupos, de forma a se evitar novos desastres”, referiu D. Devsritha Valence Mendis.
No Sri Lanka, um país maioritariamente budista, os católicos representam cerca de 7% da população.
OC
Sri Lanka: Papa condena atentados e «violência cruel» em dia de Páscoa