Solidariedade: No Lar Nossa Senhora do Amparo, a Covid-19 ficou à porta (c/vídeo)

Instituição em Carnaxide conseguiu manter-se com zero casos, até hoje

 

Lisboa, 05 abr 2021 (Ecclesia) – A diretora técnica do Lar Nossa Senhora do Amparo, em Carnaxide, disse à Agência ECCLESIA que a instituição onde trabalha ainda não teve nenhum caso de Covid-19, mas “não é tempo de cantar vitória”.

“Isto não é um resultado de chegada ou de cantar vitória, mas um resultado de partida e é assim que encaramos cada dia”, referiu Joana Figueiredo.

O Centro Social Paroquial de São Romão de Carnaxide (Patriarcado de Lisboa), instituição particular de solidariedade social da Igreja Católica, tem procurado “dar respostas adequadas às carências e necessidades da comunidade” onde está inserida.

O Lar Nossa Senhora do Amparo está integrado naquele complexo e Joana Figueiredo realça que o último ano foi “desafiante”, mas todos foram fundamentais para responder à pandemia, desde os profissionais aos utentes e suas famílias.

“Todos abdicámos de alguma coisa em prol de um bem comum”, frisou a responsável.

Depois do “medo inicial”, que “não paralisou” a instituição, veio a motivação para a lutar por um “bem maior”.

A residência de idosos ainda não teve nenhum utente com Covid-19, mas a batalha contra os contágios começou antes do Governo ter decidido o encerramento das estruturas, com “um grande trabalho de prevenção”.

Foto: Centro Social Paroquial São Romão Carnaxide

Com os familiares do lado da instituição, Joana Figueiredo indica que houve “ações de formação” e “uma grande transformação no espaço”.

“Proteger a vida em primeiro lugar” tem sido o lema dos responsáveis, que desenharam “circuitos para entrada e saída dos trabalhadores na instituição” e implementaram medidas como “a avaliação da temperatura e normas para a colocação de equipamentos de proteção individual”.

“Foram meses com grande adrenalina”, precisou a diretora técnica do Lar Nossa Senhora do Amparo.

A dedicação foi a base para este resultado conseguido até ao momento, porque “todos tiveram um grande espírito de missão”, acrescentou.

O “trabalho em espelho” foi implementado, procurando respeitar a vida pessoal dos profissionais.

“Para cuidarmos bem precisamos de descansar e estar bem fisicamente e psicologicamente”, afirmou Joana Figueiredo.

Depois do espanto inicial, os idosos compreenderam a realidade e foram peças essenciais neste caminho.

“Todos estão de parabéns, mas quem está de parabéns são as pessoas destas idades porque foram um exemplo a seguir”, frisou a entrevistada de hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).

A vacina contra a Covid-19 “é uma esperança” e trouxe “confiança”.

“Há uma maior proteção, mas não se pode baixar a guarda”, concluiu Joana Figueiredo.

HM/LFS

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