Solidariedade: Fundação pontifícia pede «ajuda» aos portugueses para responder aos «pedidos de socorro» no Haiti

«Não podemos abandonar esta Igreja que luta para apoiar o seu povo nestes tempos difíceis» – Catarina Martins Bettencourt

Foto AIS

Lisboa, 02 ago 2021 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) pede “ajuda aos portugueses” para responder aos “pedidos de socorro” que chegam do Haiti, onde calcula-se que “600 mil pessoas” precisem de apoio humanitário, na sequência do sismo de 14 de agosto.

Na informação enviada à Agência ECCLESIA, o secretariado português da AIS explica que perante a tragédia no Haiti lançou uma campanha de solidariedade para “dar resposta às situações mais urgentes”.

“Não podemos abandonar esta Igreja que luta para apoiar o seu povo nestes tempos difíceis. A Fundação AIS não ficou indiferente, já atribuiu – a nível internacional – um fundo de emergência no valor de meio milhão de euros”, assinala a diretora nacional da AIS.

Catarina Martins Bettencourt, numa carta enviada aos benfeitores portugueses da fundação pontifícia, agradece a generosidade e refere que têm recebido “todos os dias angustiantes pedidos de socorro”, de famílias do Haiti que “perderam tudo” no terramoto de 14 de agosto.

Segundo a AIS, “calcula-se que 600 mil pessoas precisem de ajuda humanitária”, e do balanço “ainda provisório” do sismo já contabilizam cerca de 2200 mortos, mais de 12 mil feridos, “centenas de desaparecidos”, e “mais de 130 mil habitações” destruídas ou danificadas.

“Este sismo foi quase um golpe de misericórdia para muitas famílias atoladas no desemprego e na pobreza que caracterizam a vida do Haiti, um dos países mais pobres do mundo”, acrescenta a fundação católica.

Foto AIS

O padre Jean-Jacques Saint-Louis, superior provincial dos Padres Missionários Monfortinos no Haiti, está em Jeremie e alertou para uma “situação insustentável”, com as pessoas “demasiado assustadas para regressarem às suas casas”.

“Temos que providenciar comida, roupa, água, medicamentos e abrigo temporário. É o mais importante”, adiantou o sacerdote.

A Diocese de Las Cayes transformou-se num “autêntico cemitério a céu aberto” e as populações locais “ficaram de mãos vazias”, muitos perderam as casas e, “agora, são sem-abrigo”.

Calcula-se que mais de 11 mil e 500 habitações foram danificadas. Também nesta diocese, os edifícios da Igreja foram atingidos com muita violência, havendo 135 igrejas destruídas.

“Ainda não recebemos nenhuma tenda, as pessoas estão a dormir no chão. Não há água, nem eletricidade, nem comida, nem roupa”, alertou o cardeal Chibly Langlois, que tem estado em “contacto permanente” com a AIS.

‘O Haiti precisa de si’, é o repto da fundação pontifícia no seu sítio online onde divulga duas formas de ser solidário: MB WAY: 918 125 574; IBAN: PT50 0269 0109 0020 0029 1608 8

O Papa Francisco enviou uma ajuda inicial de 200 mil euros para as populações no Haiti, informou o Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé), no dia 24 de agosto.

CB

 

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